Os pecuaristas de leite da região do Oeste do Paraná continuam aguardado o anuncio de medidas por parte do Governo Federal que possam evitar que muitas famílias sejam obrigadas a abandonar a atividade.
As estatísticas mostram que a pecuária leiteira vive atualmente uma de suas piores crises da história.
O Brasil tem hoje cerca de 700 mil criadores de gado leiteiro, um contingente 40% menor do que o registrado no último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2017, que identificou 1 bilhão e 170 milhões de produtores envolvidos na atividade.
Isso significa que o país perdeu meio milhão de produtores em menos de uma década.
Investir em ganho de eficiência, que já era um diferencial competitivo, tornou-se vitualmente a única saída para quem quer sobreviver na atividade, marcada por forte elevação de custos e, em paralelo, pelo aumento da importação de leite da Argentina e do Uruguai.
Em continuando assim, a tendência é que somente os grandes produtores de leite sobrevivam na atividade.
Em audiência pública realizada nesta terça-feira, na Câmara de Vereadores de Toledo, produtores e lideranças do setor leiteiro debateram a crise e definiram uma pauta de reivindicações.
Muitas são as demandas encaminhadas às autoridades federais, no entanto, foi apontado como maior problema o elevado índice de importação de leite dos países vizinhos do Mercosul.
Envolvido na organização do evento, o vereador e produtor Valdir Rossetto, que também faz parte da diretoria do Sindicato Rural e da Associação de Produtores de Leite de Toledo, comenta sobre o momento vivido pela cadeia leiteira….