Em encontro promovido nesta terça-feira pela Associação de Produtores de Leite de Toledo, foi definida uma pauta de reivindicações em que se “pede socorro em face à crise enfrentada pela atividade”.
Há décadas a atividade leiteira se considera esquecida quando se trata de políticas públicas, com um sistema atrasado de comercialização, o que está levando o setor ao colapso.
Mesmo tendo uma função social e econômica de extrema importância, o segmento está atrelado a mecanismos que atrapalham e trazem prejuízos a quem mereciam ser melhor recompensado.
Entendendo que é preciso “dar um basta a crise que afeta o setor”, a Associação de Produtores de Leite de Toledo realizou nesta terça-feira, dia 26, uma audiência pública na Câmara Municipal de Vereadores.
Além de produtores, autoridades políticas e lideranças do agronegócio de Toledo, o encontro contou com a participação de representantes de vários outros municípios do Oeste do Paraná.
Marechal Cândido Rondon foi representado pelo presidente do Sindicato Rural Patronal, Edio Chapla, o qual também conclama as autoridades políticas para “salvar a pecuária leiteira”.
As principais manifestações se referiram a importação de produtos lácteos do Mercosul, em especial do leite em pó e do queijo, que aumentaram mais de 300% de janeiro a agosto deste ano, quando comparado ao mesmo período de 2022.
Com base nas discussões, foi elaborado um documento enumerando as principais reivindicações do setor, como o fim ou redução da importação; desoneração da produção e incentivos; aplicabilidade da legislação brasileira para a pecuária leiteira; combate ao marketing negativo feito ao leite; contratos; pagamento no máximo ao quinto dia do mês, dentre outros.
Dentre os muitos participantes da audiência em Toledo esteve o presidente da Cooperativa Primato, Anderson Sabadin, que, como produtor, convive de perto com a “crise na atividade leiteira”……