O réu julgado ontem pelo Tribunal Popular do Juri de Marechal Cândido Rondon, que até então respondia pelo crime de homicídio em liberdade, foi condenado e preso.
Jacson Marcelo Kapchak, de 33 anos , em 21 de dezembro de 2013, por volta das 22 horas e 30 minutos, nas dependências de uma Lanchonete, na Avenida Prata, em Margarida, empunhando uma arma de fogo, efetuou disparos contra Valdir Roque Lange.
Três tiros atingiram a vitima, que morreu em decorrência de anemia aguda por hemorragia provocada por instrumento pérfuro contundente.
Na denuncia o Ministério Público sustenta que o réu Jacson Kapchak cometeu o crime por motivo fútil e mediante recursos que dificultaram a defesa da vitima, na medida em que aproveitou o fato de Valdir Roque Lange estar sentado e de costas para a rua.
Contra o réu também pesou o fato de fazer os disparos contra a vitima em local onde se encontravam diversas outras pessoas, duas das quais, que nada tinham a ver com a situação, resultaram com ferimentos.
O motivo fútil para o crime se refere a um desentendimento financeiro de alguns anos atrás entre a vitima e os pais do réu.
No texto da sentença lida ao final da sessão, o juiz Dionísio Lobchenko Junior menciona o fato de, após o crime, Jacson Marcelo Kapchak “ permaneceu foragido até o dia 24 outubro de 2017, ou seja, por mais de 05 anos, morando na cidade de Catuetê, no Paraguai, trabalhando em construção civil.”
O réu foi condenado a 16 anos 07 meses e 15 dias e considerando o risco de fugir novamente, o juiz decretou o cumprimento da pena em regime fechado, determinando portanto a imediata expedição do mandado de prisão.
O advogado de defesa, Antonio Marcos de Aguiar, informou que, considerando a jurisprudência dominante e levando em conta o tempo de prisão decretado, impetrará na próxima semana uma pedido de habeas corpus, para que seu cliente possa cumprir a pena em regime semiaberto.