Técnicos mencionam que cultivo exige uso de sementes certificadas
A aveia é uma alternativa para produtores que desejam ter pasto, feno ou cobertura para o solo durante o inverno.
A cobertura vegetal produzida pela aveia também é fundamental para a manutenção do sistema de Plantio Direto e além disso, o produto também é usado para a produção de grãos.
Apesar dos benefícios que a cultura oferece, o uso de sementes certificadas no Paraná ainda é baixo, chega a 10% da área cultivada com a espécie, no Estado, segundo a Associação Brasileira de Sementes e Mudas.
Especialistas alertam que o uso de sementes próprias pelos produtores pode comprometer o cultivo de aveia com a introdução de doenças, pragas, plantas invasoras, além de comprometer o rendimento da aveia.
O IDR-Paraná atualmente dispõe de três variedades tardias que podem ser cultivadas sozinhas ou em sementes.
Normalmente esta última prática é indicada para a produção de cobertura verde que, posteriormente, tem a função de formar uma camada de massa morta que traz benefícios como a manutenção da umidade do solo, menor infestação de plantas daninhas e a redução da erosão.
De acordo com o IDR-Paraná, na safra 2019, a produção nacional dessas variedades de aveia chegou a aproximadamente 908 mil toneladas.
Porém, somente cerca de 200 mil toneladas foram usadas na alimentação humana.
No Paraná a área com aveias graníferas, para a produção de grãos, chega a 81.900 hectares, sendo o segundo cereal de inverno mais plantado no Estado.
A Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia indica 14 variedades, sendo que duas delas são do IDR-Paraná.
A IPR Afrodite é altamente produtiva e mais adequada à indústria processadora por apresentar facilidade para ser descascada.
Outra variedade disponível é a IPR Artemis, também com boa capacidade de descasque e resistente à ferrugem, principal patógeno da aveia.