Criadores de frango do Paraná se mobilizam para pedir ao Ministério da Agricultura medidas que reduzam os impactos causados pela alta dos preços dos grãos, que está afetando a avicultura.
Soja e milho, usados na ração dos animais, representam cerca de 70% dos custos de produção de aves.
De acordo com o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná, no último ano o preço da soja quase dobrou, chegando a 98% de alta.
No caso do milho, o aumento foi ainda mais acentuado, de 115%.
No mesmo período, o preço do frango subiu 14,4%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, medido pelo IBGE.
Para o vice-presidente do Sindiavipar, José Antônio Ribas Junior, o aumento pode comprometer a avicultura paranaense, que é líder em produção e exportação no Brasil.
Ele diz que isso significa que o setor está tendo que arcar com uma despesa adicional que não é possível ser suportada.
Destacou que pode haver o fechamento de empresas, suspensão de produção e redução deabates.
A classe avícola do Paraná está reivindicando ao governo a autorização excepcional da importação de milho transgênico dos Estados Unidos, exclusivamente para a produção de ração animal; suspensão temporária do PIS e da COFINS sobre a importação de grãos; a suspensão dos mesmos impostos sobre o frete nos transporte de grãos entre os estados; criação de programas de incentivo ao plantio de milho no verão e criação de novas linhas de crédito para produtores de grãos que destinam os produtos para o mercado interno.
Segundo José Antônio Ribas Junior, atualmente, por conta da isenção de impostos para exportação e do câmbio favorável, a soja e o milho brasileiros saem mais baratos para um estrangeiro do que para quem vai processar os grãos no mercado interno.