Rondonenses poderão trocar recicláveis por alimentos da Feira do Produtor

Os vereadores rondonenses aprovaram projeto de lei do Poder Executivo Municipal, que autoriza a criação do programa “Ecopontos”, o qual garantirá à população a possiblidade de trocar resíduos recicláveis por produtos hortifrutigrangeiros, que são comercializados nas Feiras do Produtor no município.

O prefeito Marcio Rauber afirmou que a expectativa é que ao longo dos seis primeiros meses após a implantação, haja um incremento de 21 toneladas na reciclagem praticada no município.

Isso se traduzirá em mais de R$ 12 mil em renda para as associações de catadores; e outros R$ 20 mil em produtos comercializados nas Feiras do Produtor.

O prefeito Marcio Rauber entende que a iniciativa vem reconhecer e premiar a população, que cumpre o seu papel de cidadão e separa corretamente os resíduos e os destinam adequadamente.

Os recursos necessários para a compra dos alimentos dos pequenos produtores serão provenientes do Fundo Municipal de Meio Ambiente.

Na fase inicial, o projeto prevê o cadastramento de 700 munícipes, que poderão entregar os resíduos recicláveis (vidro, papel, metais, entre outros) nos pontos de coleta.

Em troca, receberão vales denominados de “Ecopontos” que poderão ser utilizados nas Feiras do Produtor ou, então, revertidos em benefícios para entidades assistenciais, como a Apae e o Asilo Lar Rosas Unidas.

No segundo semestre do ano passado, através de convênio entre a Itaipu Binacional e a Associação de Catadores Amigos da Natureza (ACAN), foi desenvolvido um projeto piloto nos loteamentos Natacha e Frankfurt.

A ação aumentou consideravelmente o volume de recicláveis destinados à ACAN e injetou aproximadamente R$ 7 mil na Feira Sabor e Arte.

Projetos semelhantes ao “Ecopontos” já estão em vigor em cidades como Ponta Grossa, Umuarama e Pinhão; além de Montenegro, no Rio Grande do Sul.

De acordo com o Poder Executivo Municipal, os benefícios econômicos e sociais do projeto “Ecopontos” são diversos entre eles, a promoção da segurança alimentar e da alimentação saudável; incentivo à produção e comercialização da safra de pequenos agricultores; incetivo à reciclagem e à destinação correta dos resíduos; combate à pobreza; promoção do cooperativismo; economia dos gastos públicos com a limpeza urbana; ampliação da vida útil do aterro sanitário; e eliminação de focos de mosquitos transmissores de doenças.

Atualmente, a prefeitura rondonense tem contrato de prestação de serviços para a coleta seletiva com duas entidades de catadores: a Cooperativa dos Agentes Ambientais (Cooperagir) e a ACAN.

Ambas respondem pela destinação de aproximadamente 160 toneladas mensais de resíduos sólidos para a reciclagem, que garante o sustento de 68 famílias, que tem sua renda de acordo com a quantidade de material reciclável comercializado.