O Instituto MetSul, em seu ultimo boletim meteorológico, diz que é cada vez maior a probabilidade de o fenômeno La Niña retornar na primavera, que começa dia 22 de setembro.
De acordo com a publicação, se confirmado, mais uma vez o fenômeno climático deve afetar a produtividade do milho, sobretudo na região sul do Brasil.
A consultoria explica ainda que modelos de clima, em geral, mantêm o indicativo de resfriamento das águas superficiais do Pacífico Equatorial até o começo do próximo ano com alta probabilidade de o fenômeno se instalar agora durante a primavera, o que afetaria o clima no Brasil e no restante do mundo no final deste ano e ao menos nos primeiros meses de 2022.
Além do Brasil, a preocupação também é grande com a produção de grãos da Argentina.
“O maior risco por deficiência hídrica na próxima safra se dará no Sul do Brasil e na Argentina e desde já antecipamos um altíssimo risco de perda de produtividade e quebras, especialmente na Argentina”, acrescenta o relatório da empresa.
No Sul do Brasil, em particular no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, inicialmente a cultura de milho é que pode ser a mais atingida e, assim como ocorreu no final de 2020, ter perdas e quebras até significativas em diversas áreas.
Segundo a última atualização da Administração Oceânica e Atmosférica, a chance de La Ninã na safra de verão é de 70%.
A possibilidade de um novo La Niña levanta preocupações em todo o setor agrícola, sobretudo para a região Centro-Sul do Brasil, que desde o ano passado enfrenta com a seca prolongada e temperaturas acima do esperado pela climatologia.