Seca e geada provocaram desastre agrícola no Brasil que entra para a lista dos eventos climáticos com prejuízos bilionários no planeta no ano de 2021.
Primeiro, a prolongada estiagem que assolou o Centro-Sul do país e ameaça os brasileiros também com crise de energia e, na sequência, duas grandes massas de ar polar com intensa geada em diversos estados e que trouxe enormes prejuízos para o campo.
A falta de chuva já tinha trazido imensa quebra na produção do milho segundo safra no Brasil, risco que desde o começo do ano a MetSul alertava.
Para piorar o cenário da cultura vieram duas grandes massas de ar polar, uma no final de junho e outra agora na terceira semana de julho, outro risco que era advertido, e que acabaram por agravar ainda mais a quebra da safrinha.
Os cálculos das perdas neste último evento de frio dos últimos dias ainda são feitos, mas já se sabe que no caso do café os prejuízos serão enormes e quase totais em algumas cidades, especialmente no Sul do Estado de Minas Gerais, com reflexos não apenas neste ano, mas também em 2022, com reflexos para a produção nacional e as exportações.
O milho é outra cultura que está sendo duramente castigada neste inverno: os danos se concentram principalmente no Paraná e no Mato Grosso do Sul.
A mínima na última semana baixou a 7,9ºC negativos na estação do Instituto Nacional de Meteorologia em General Carneiro, no Sul do estado do Paraná.
Várias cidades do Mato Grosso do Sul registraram mínimas negativas ou perto de 0ºC a ponto de ter geado no Sul do vizinho estado de Goiás.
Diversas empresas de análise do mercado avaliam que pode faltar milho no mercado brasileiro no segundo semestre em razão das perdas provocadas pela geada e o clima muito mais seco que o habitual, o que levaria o país a ter que importar grãos com reflexos para o consumidor e nos custos de toda acadeia produtiva dependente do milho.
Outro setor que sente os efeitos da sucessão de intensas massas de ar frio é dos cítricos.
A forte geada da última semana no interior do estado de São Paulo afetou pomares e lavouras com temor de perdas significativas.
Há grande preocupação com a produção de laranja na safra atual e com o estado das plantas para a próxima safra, uma vez que a geada atingiu as árvores em um momento crítico de desenvolvimento e que já estavam castigadas pela falta de chuva.
Com informações MetSul