De hoje, quarta-feira, até o dia 10 de setembro, acontece o vazio sanitário da soja no Estado.
Nesse período, fica proibido cultivar, manter ou permitir a presença de plantas vivas de soja em qualquer estágio vegetativo.
Essa é uma medida essencial para o manejo e controle da ferrugem asiática, principal praga que ataca a cultura.
Essa estratégia ajuda a diminuir a presença contínua de esporos do fungo causador da ferrugem no campo, principalmente na entressafra, pois ele permanece ativo em plantas vivas de soja, em plantas guaxas.
A mesma Portaria fixa a data de 15 de maio como prazo final para colheita ou interrupção do ciclo da soja.
O período que antecede o vazio sanitário da cultura é necessário para que os produtores, armazéns e responsáveis por estradas e ferrovias possam realizar a limpeza e a eliminação das plantas vivas de soja.
O manejo reduz a presença de esporos no ambiente e permite que as plantas de soja se desenvolvam, inicialmente, com baixa população da praga no campo.
Isso contribui para a redução da quantidade de aplicação de produtos químicos para o controle da doença e, ainda, para evitar que o fungo desenvolva resistência às moléculas agroquímicas.
A expressividade da cultura da soja no Paraná, segundo maior produtor nacional, comprova a necessidade de preservação dessa cadeia produtiva.
Na safra 2019/2020 foram produzidas 20 milhões e 700 mil toneladas em 5 milhões e 500 mil hectares.
Segundo estudos da Embrapa Soja, quando não são tomadas as medidas de manejo e controle adequadas, as perdas na produção causadas pela ferrugem asiática podem chegar a 75%.