O aumento do número de casos de coronavírus em frigoríficos de Cascavel ameaça a produção da LAR e da Coopavel, duas das mais tradicionais indústrias do setor na região.
A situação de surto nas duas cooperativas levou a Associação dos Portadores de Lesões por Esforços Repetitivos , solicitar providências ao Centro de Operações de Emergências, protocolado ontem e encaminhado também à Prefeitura de Cascavel.
Conforme o representante da AP-LER, Laerson Matias, levantamento feito na 10ª Regional de Saúde, constatou que nos frigoríficos das duas empresas em Cascavel trabalham mais de 140 pessoas com confirmação de coronavírus, além de outras com quem tiveram contato, que também testaram positivo.
Segundo relata o comunicado da AP-LER, são 70 casos de trabalhadores na LAR e 71 casos confirmados na Coopavel.
Isso em levantamento feito antes da divulgação do novo boletim da Secretaria Municipal da Saúde, no final da tarde de segunda-feira que apontou 92 novos casos no município, num total de 508 pessoas infectadas até aqui, além de 9 óbitos.
A situação aumentou ainda mais o nível de preocupação da entidade, por conta do óbito de um motorista que atuava no transporte de trabalhadores da LAR.
Outro fator preocupante é que muitos trabalhadores utilizam o transporte público convencional para ir e voltar de casa para os frigoríficos, podendo contribuir na rápida disseminação da doença tanto em Cascavel como em outras cidades da região.
O rápido aumento de infecções preocupa porque este é um segmento intensivo em mão de obra e sua própria estrutura operacional e características favorece a disseminação do novo coronavírus.
A Coopavel informou que não irá se manifestar a princípio e a LAR emitiu uma nota oficial a respeito.