Eles defendem a unificação de mandatos e eleições únicas em 2022).
O Conselho Político da CNM – Confederação Nacional de Municípios – se reuniu ontem e foi unânime em confirmar a inviabilidade das eleições neste ano.
Em nome dos prefeitos de Norte a Sul do País, a CNM defende a unificação de mandatos e eleições únicas em 2022, conforme antiga reivindicação do movimento.
Em concordância com o entendimento dos prefeitos, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 19/2020 foi apresentada pelo presidente Glademir Aroldi, que explicou que ela introduz dispositivos ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal para a coincidência de mandatos eletivos.
O presidente da CNM reconheceu a atuação dos presidentes das entidades estaduais para garantir a quantidade de assinaturas necessárias para o protocolo da proposta, no entanto, avisou que será necessário intensificar o contato com os parlamentares, uma vez que muitos demonstram apoiar o adiamento do pleito para dezembro.
Segundo Glademir Aroldi, se ocorrerem este ano, as eleições não serão democráticas e não permitirão igualdade de oportunidades, por conta do impacto da pandemia do novo coronavírus.
A Carta Aberta à Nação sobre as Eleições trará o posicionamento do movimento municipalista e será entregue aos parlamentares e à Justiça Eleitoral.
O documento pontua os motivos basilares da reivindicação em torno da unificação do pleito e destaca, inclusive, que 80% dos prefeitos em exercício têm o direito de concorrer à reeleição e, atualmente, 1.313 prefeitos em exercício têm mais de 60 anos, dos quais 1.040 têm o direito de concorrer a reeleição.
O documento cita os números das últimas eleições municipais: 15 mil candidatos a prefeito, 43,5 mil candidatos a vereador, 2.302.248 de mesários e 146.658.156 votantes.
Para os líderes municipalistas, a unicação das eleições é a melhor decisão, em todos os sentidos.