Paraná deve receber 1 bilhão e 700 milhões de reais de socorro emergencial

O Paraná deve receber R$ 1,717 bilhão do total dos R$ 125 bilhões do socorro do governo federal aos estados e municípios aprovado pela Câmara dos Deputados como ajuda em razão da pandemia do coronavírus.

A estimativa foi divulgada ontem pela assessoria do Legislativo federal.

O governo paranaense estima que deva perder R$ 3 bilhões em receita este ano em razão da queda na atividade econômica provocada pelas medidas de isolamento impostas para tentar conter a proliferação da doença.

Além disso, para 2021, o Estado já projeta uma perda de mais R$ 2,1 bilhões pelo mesmo motivo.

Somente em março, o governo afirma que a queda de arrecadação foi de R$ 220 milhões.

E entre os itens mais prejudicados estão a receita do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações que representam a maior parte da arrecadação tributária do Estado.

O projeto aprovado pelos deputados na terça-feira prevê que serão direcionados R$ 60 bilhões em quatro parcelas mensais aos estados e municípios.

Desse total R$ 50 bilhões serão para uso livre (R$ 30 bilhões vão para os estados e R$ 20 bilhões para os municípios).

Como não participa do rateio dos municípios, o Distrito Federal receberá uma cota à parte, de R$ 154,6 milhões, também em quatro parcelas.

Os outros R$ 10 bilhões terão que ser investidos exclusivamente em ações de saúde e assistência social (R$ 7 bilhões para os estados e R$ 3 bilhões para os municípios).

Como o texto foi modificado pelos deputados, a matéria retorna para análise do Senado antes de seguir para sanção presidencial.

Ainda para aliviar os caixas, estados e municípios serão beneficiados com a liberação de R$ 49 bilhões por meio da suspensão e renegociação de dívidas com a União e com bancos públicos e de mais R$ 10,6 bilhões pela renegociação de empréstimos com organismos internacionais, que têm aval da União.

As prefeituras serão beneficiadas ainda com a suspensão do pagamento de dívidas previdenciárias que venceriam até o final de 2020.