China volta a dizer que encontrou coronavírus em carne brasileira

 Situação agora envolve carne bovina de frigorifico de São Paulo

 

Quase dois meses depois de a China ter dito que encontrara resíduos de coronavírus num lote de asas de frango importado do Brasil, as autoridades chinesas voltam a fazer a mesma afirmação, só que agora  em relação à carne bovina exportada pelo Brasil.

Desta vez, as autoridades chinesas disseram ter detectado vestígios de coronavírus na embalagem de carne bovina numa inspeção feita no Porto de Dalian, um dos maiores do país.

A carne foi produzida pelo frigorífico Minerva, especificamente pela unidade localizada em Barretos (SP), cidade onde a empresa foi fundada há 96 anos.

O Minerva é o terceiro maior produtor de carne bovina do Brasil, fica atrás somente da JBS e Marfrig.

A embaixada do Brasil em Pequim já foi comunicada oficialmente do caso.

De janeiro a julho, o Brasil exportou 1 milhão e 100 mil  toneladas de carne bovina, o que  significa um faturamento de 4 bilhões e 700 milhões de dólares.

Desse total, 60% do faturamento vêm exatamente da China.

É importante pontuar que no caso do frango ocorrido há dois meses, em que as autoridades municipais de Shenzhen afirmaram ter encontrado a presença de coronavírus também na embalagem de produto exportado pelo Brasil, nunca ficou esclarecido exatamente o que aconteceu, pois a contraprova jamais foi mostrada às autoridades brasileiras.

O Minerva informou que as exportações de carne bovina de sua planta de Barretos para a China foram suspensas há uma semana após “testes sanitários” conduzidos pelas autoridades chinesas, mas que os embarques já foram retomados porque “nada de mais grave” foi identificado durante as averiguações sanitárias que, segundo a empresa, já foram concluídas.

O comunicado foi divulgado nesta sexta-feira.