Em seu discurso, após lembrar fatos marcantes de sua trajetória, o homenageado agradeceu a presença dos familiares, amigos, autoridades e lideranças que prestigiaram a cerimônia. “Me encanta muito esta sessão solene. Neste momento tenho a oferecer aos presentes o meu efusivo agradecimento e o melhor sentimento de amizade fraterna e respeito”, disse ao encerrar sua manifestação na tribuna.

A sessão solene também teve como oradores o vereador presidente Vanderlei Sauer (Soldado Sauer); o vereador autor da homenagem, Valdir Port (Portinho); o secretário municipal de Administração, Marcelo Portela, que representou o prefeito Marcio Rauber; o chefe da Ouvidoria da Assembleia Legislativa do Paraná, ex-deputado estadual Elio Rusch; e o jornalista e empresário Arno Kunzler; e o diretor da Rádio Difusora e ex-presidente do Legislativo, João Marcos Gomes, que conduziu o cerimonial.

Nas manifestações, todos ressaltam a trajetória de Harto Viteck nos diversos setores em que atuou e, principalmente, destacaram o atual projeto histórico que ele coordena, denominado “Memória Rondonense”.

Biografia

Conforme o vereador Portinho destacou na justificativa para a homenagem, o título de “Cidadão Honorário” se justificou em razão do currículo de Harto Viteck em atividades que enfatizam o povo e a história do município.

“Além de ter exercido diversas atividades profissionais ao longo de sua carreira, como por exemplo, a de secretário da Câmara de Vereadores ainda na década de 1970, funcionário da Liga Rondonense de Esportes no início da década de 1980, diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura durante a gestão do prefeito Dieter Seyboth, e assessor parlamentar do deputado estadual Elio Rusch por 28 anos, durante décadas Harto Viteck tem dado uma contribuição incomparável à cultura e à história do nossa município”, enaltece Portinho.

Há 35 anos, todos os domingos o homenageado apresenta na Rádio Difusora AM o programa de Música Alemã, que difunde a cultura germânica trazida pelos pioneiros rondonenses no início da construção do município.

Na mesma emissora, há três anos assumiu o programa “A Personalidade da Semana”, período em que já realizou cerca de 150 entrevistas, a maioria com personagens que deixaram sua marca na história de Marechal Cândido Rondon.

Durante 25 anos, foi colunista do jornal O Presente. Inicialmente, abordava temas políticos. Mas com o passar dos anos a coluna transformou-se em um espaço de difusão de fatos históricos, de conhecimento geral, das artes e dos costumes do povo brasileiro, paranaense e da região.

Também é editor e organizador de livros de destaque, como o que trata dos 180 Anos da Imigração Alemã no Paraná (livro que foi integrado ao acervo da mundialmente famosa Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, sendo o único rondonense que obteve tal feito); a biografia do renomado artista curitibano Rubens Smaniotto; e o livro científico “Fósseis da Chapada do Araripe: Uma Odisseia no Cretáceo”.

Em 2009, foi secretário-executivo da Comissão dos Festejos dos 180 Anos da Imigração Alemã no Paraná, sendo o responsável pela organização das comemorações em todo o Estado.

Memória Rondonense

Atualmente, um dos trabalhos que Harto Viteck mais tem se dedicado e que tem recebido grande reconhecimento público é a “Memória Rondonense”, projeto de pesquisa que resgata a história não só de Marechal Cândido Rondon, mas também do Oeste do Paraná.

Lançado em 2015, a “Memória Rondonense” tem como objetivo preservar a história e servir de fonte de pesquisa para rondonenses, visitantes, acadêmicos e demais interessados sobre o tema.

Para tanto, já disponibiliza na internet um arquivo com milhares de fotos de um acervo que já chega a 11 mil imagens, muitas delas ainda não digitalizadas. São registros que retratam períodos diferentes da história, como na época em que a região servia como rota de transporte da erva-mate produzida no Mato Grosso e que era exportada até a Europa. Também existe amplo acervo sobre a época da colonização de Marechal Cândido Rondon e o período após a emancipação ocorrida em 1960, estendendo-se até os dias atuais.

Além disso, o projeto Memória Rondonense disponibiliza um calendário histórico, com eventos diários que marcaram o dia a dia do município ao longo dos anos. Apresenta entrevistas, notícias e reportagens que resgatam o passado do povo rondonense. Todo o material pode ser acessado no site www.memoriarondonense.com.br e também na página no Facebook (www.facebook.com/MemoriaRondonensePerfil).

A cada ano, o site alcança uma média de 400 mil visualizações, e tem recebido citações em publicações científicas não só no Brasil, mas também na Argentina e Polônia.

Em reconhecimento ao ineditismo e à dimensão do projeto Memória Rondonense, no final de 2018 Harto Viteck foi empossado como membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, sendo o primeiro morador de Marechal Cândido Rondon a ser convidado para integrar a entidade, fundada há 124 anos.

Em 2016, ele já havia sido homenageado com a “Medalha de Mérito Cultural” da Rádio Educativa de Curitiba.

Em 2022, foi homenageado pela Acimacar como “Personalidade do Ano”, durante a entrega do Prêmio Marechal.

Em 2023, recebeu honraria da Confraria Boca Maldita e do Clube Os Milionários, durante tradicional almoço realizado anualmente pelas duas entidades.

Recentemente, também foi agraciado com a “Medalha do Cinquentenário” da Loja Maçônica Quintino Bocaiúva, e atualmente é membro convidado do grupo “Causos de Foz do Iguaçu” que reúne pioneiros daquela cidade e historiadores.

Harto Viteck é natural de Peritiba (SC), onde nasceu em 11 de janeiro de 1952. É filho de Ernesto Viteck e Olinda Camila Wolfart Viteck, e com eles e irmãs chegou ao município rondonense em 18 de outubro de 1960.

É casado com Elenita Foppa Viteck, pai dos filhos Marla, Cristiano e Alex e avô de Letícia, Sofia, Inácio e Lyam.