O cenário econômico de 2025 traz grandes desafios ao crédito rural, com a taxa Selic projetada para atingir 15% ao ano e uma inflação estimada em 5%, de acordo com o último Boletim Focus.
Esse contexto já pressiona o setor agrícola de diversas formas, especialmente pelo encarecimento dos subsídios que garantem juros reduzidos e pela limitação orçamentária para equalização das taxas.
Segundo consultores de mercado, o patamar atual dos juros certamente vai impactar a rentabilidade no campo, além de aumentar o endividamento.
Entretanto, o maior custo do produtor é a aquisição de insumos e equipamentos em que os fornecedores já estão incluídos nos preços de vendas com prazo safra estes juros atualizados.
Um levantamento recente do Banco Central revelou que a contratação de crédito rural no segundo semestre de 2024 caiu 22,2% em relação ao mesmo período de 2023.
Conforme as mesmas fontes, essa queda se explica pela “inadimplência dos produtores, que impede a renovação de crédito rural subsidiado por parte dos bancos, além da possível falta de recursos controlados, já que o subsídio foi afetado pelo aumento da taxa Selic, consumindo boa parte do orçamento destinado ao agronegócio.”
Apesar do encarecimento do crédito, os especialistas acreditam que a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado global não será afetada, pois a taxa cambial exerce maior influência nesse cenário.
Fonte: Canal Rural