Técnico de enfermagem foi preso por dopar paciente e roubar celular em hospital de Toledo, nesta quinta-feira(15).

Segundo a Polícia Civil, em 17/05/2024 foi registrado um Boletim de Ocorrência que relatou fato ocorrido no interior do Hospital Bom Jesus. O aparelho pertencia a acompanhante de uma paciente internada.

De acordo com o relato,  logo após o almoço, a visitante foi até a cantina comprar água de coco e deixou o celular no quarto. Ao voltar,  viu  a paciente se debatendo e “virando os olhos”, a paciente disse que surgiu um enfermeiro que lhe aplicou um “liquido branco”. O medicamento ainda estava escorrendo pelo braço da mulher.

Ao procurar pelo celular para registrar o ocorrido, acompanhante não encontrou o aparelho. Em seguida, ela procurou responsáveis pelo hospital para verificar as câmeras e identificar quem havia entrado no quarto, quando foi constatado que se tratava de um funcionário do hospital, mas que não estava em sua área de atuação.

As imagens das câmeras de segurança do corredor mostram que o investigado entra e sai do quarto três vezes. A equipe policial localizou o celular com uma mulher que comprou o celular da esposa do técnico.

Autuada por receptação, relatou que comprou o aparelho pelo Facebook com a esposa do investigado.  Durante o interrogatório, na presença do advogado,  o suspeito ficou em silêncio.  A esposa esclareceu que apesar do anúncio da venda ter sido efetuado pela rede social dela, foi o esposo que efetuou o anúncio.

O técnico em enfermagem foi indiciado por roubo com violência Imprópria, a mulher  foi indiciada por receptação qualificada e a compradora do aparelho foi indiciada por receptação.

O hospital se manifestou por meio de nota oficial que desligou o técnico da equipe:

• A Hoesp informa que assim que ficou sabendo do caso que um aparelho celular de uma acompanhante foi subtraído de um dos quartos, a equipe do hospital ouviu o relato orientou a acompanhante a realizar o Boletim de Ocorrência, junto à Polícia Civil. A equipe tentou levantar dados a fim de levantar os fatos, porém, não foi possível chegar à nenhuma conclusão, sobre em que condições teria ocorrido o suposto crime, realizou a apuração e guarda das imagens para caso houvesse solicitação policial para a investigação, para contribuir com a investigação policial. Desta forma, orientou que o paciente realizasse o registro do Boletim de Ocorrência junto à Polícia Civil do Estado do Paraná, que é justamente a instituição competente para apurar e investigar a ocorrência de crimes, bem como se colocou à disposição para colaborar com tudo que estivesse ao seu alcance e fornecimento das imagens de câmeras internas do setor de internação. Recentemente, a Polícia Civil solicitou as cópias das imagens, as quais foram prontamente fornecidas pela Hoesp, juntamente com a identificação de quem teria mantido contato com o paciente, no período que a pessoa deu falta de seu aparelho celular. Agora, diante da grave notícia de que as investigações concluíram pelo indiciamento de funcionário desta instituição, pois teriam sido colhidos elementos de prova que apontam pela culpa no crime, esta instituição hospitalar informa que tomou todas as medidas ao desligamento do funcionário da instituição. É importante salientar ainda que todos os medicamentos da farmácia são dispensados mediante prescrição médica, o que garante a segurança dos pacientes.  A Hoesp ainda ressalta que é referência no atendimento de alta complexidade de toda região e preza pela segurança dos pacientes, acompanhantes e profissionais da instituição. Por fim, lamentamos o ocorrido com esse profissional, que não faz mais parte da instituição, e também não representa o atendimento humanizado e de qualidade o qual prezamos na Hoesp. Condutas que não fazem parte da nossa missão de salvar vidas, quando identificadas, são passíveis do desligamento da instituição.

Redação Catve