Uma iniciativa da prefeitura de Marechal Cândido Rondon, por meio da Secretaria Municipal de Educação, resultou em uma formação voltada à alimentação inclusiva nas escolas municipais e nos CMEIs (centros municipais de educação infantil) para crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista). A capacitação foi direcionada às cozinheiras da alimentação escolar.
Na ocasião, a neuropsicopedagoga da Secretaria de Educação, Eliane Grisa, e a psicopedagoga dos CMEIs, Adriani Zimmermann, trabalharam o entendimento sobre inclusão, além da seletividade alimentar x dificuldade alimentar. Elas atuam na equipe multidisciplinar.
A nutricionista da Secretaria de Educação, Jaciara Reis, abordou sobre o tratamento nutricional na seletividade e destacou as ações necessárias para prestar assistência alimentar e nutricional no âmbito do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).
A nutricionista ressalta que a formação faz parte do Projeto Saber Cuidar, que junto com a nutricionista dos CMEIs, Raquel Nienow, é desenvolvido para fortalecer o acompanhamento alimentar e nutricional de crianças com necessidades alimentares específicas. O projeto foi iniciado com atendimento aos pais, além da capacitação de cozinheiras sobre o cuidado com alunos portadores de diabetes e agora para os alunos diagnosticados com TEA.
Para Jaciara, a formação em TEA é fundamental para que seja possível realizar um acompanhamento nutricional contínuo e individualizado para estudantes com TEA na rede municipal de ensino. Outros intuitos são promover o acolhimento dessas crianças, para analisar a presença de comportamentos de seletividade alimentar, bem como investigar outras necessidades alimentares específicas.
Sensibilização
A neuropsicopedagoga Eliane destaca que o indivíduo com TEA encontra uma série de dificuldades ao ingressar na escola regular, que passam a fazer parte da rotina dos professores e da escola como um todo.
“Dentre as dificuldades enfrentadas, destacam-se os problemas alimentares, o que contempla a seletividade. A inclusão desse aluno ultrapassa os limites da sala de aula, por isso a necessidade de abordar o assunto com as profissionais das escolas e dos CMEIs que estão diariamente lidando com a alimentação dessas crianças”, diz.
“Ações assim são essenciais para sensibilizar a comunidade escolar e em especial as merendeiras, sobre a importância do respeito e da inclusão de pessoas com TEA. Com isso, busca-se garantir que todos as crianças tenham de fato, a igualdade de oportunidades para seu melhor desenvolvimento, aprendizagem e alimentação no ambiente escolar”, conclui Eliane.
Fonte: Assessoria