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Acertos e erros do iPhone 11: Apple aposta alto em câmera e bateria

Lançamento de 2019 traz processador A13 Bionic com maior eficiência energética. Apple confirma chegada também do 11 Pro e 11 Pro Max ao Brasil “ainda este ano”.

 

Uma nova leva de iPhone 11 chega às lojas dos Estados Unidos ainda neste mês de setembro. O lançamento tem preço a partir de US$ 699 (cerca de R$ 2.800), ficha técnica de ponta e a tradicional marca da maçã na superfície traseira. Chega às lojas americanas em 20 de setembro, enquanto a chegada ao Brasil está confirmada “ainda este ano”. Passado o frenesi inicial, fica a dúvida: quais os acertos e erros da Apple ao trazer o celular ao mundo? Diretamente da sede da empresa em Cupertino, na Califórnia, aqui vão algumas reflexões.

 

iPhone 11 tem tela LCD de 6,1 polegadas — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

 

O nome certo
Fazia dois anos que a Apple cometeu o equívoco de usar algarismo romano para nomear o iPhone X. Até hoje, diversos potenciais compradores se referem à linha como “iPhone xis” e os modelos subsequentes de “xis erre” (XR) e “xis esse” (XS). O certo é “dez”.

Ter um nome simples facilita a diferenciar os diversos smartphones da linha. São três: o iPhone 11 tradicional, com tela LCD de 6,1” por US$ 699 (na faixa de R$ 2.800 pelo câmbio do dia); o iPhone 11 Pro, com tela OLED de 5,8” por US$ 999 (R$ 4.080); e o iPhone 11 Pro Max, com OLED de 6,5” por US$ 1.099 (R$ 4.480). Edições com armazenamento maior também custam mais.

 

Outra decisão muito válida tem a ver com o fim da série “R”, que surgiu no ano passado e cujo significado até hoje não foi devidamente esclarecido.

Quer o iPhone básico? Pegue o 11. Precisa de mais bateria e uma tela de qualidade superior? Tem o Pro. Passa o dia longe da tomada? Corra para o Max.

Câmeras renovadas
É bem verdade que o layout da nova câmera traseira dos iPhones causou desconforto a algumas pessoas nas redes sociais. Está longe da elegância do Galaxy Note 10, mas certamente tem um motivo de funcionar daquele maneira – afinal, a cultura da Apple inclui a obsessão pelo perfeccionismo.

 

Câmera dupla do iPhone 11 traz lentes wide e ultra wide — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

 

Ganha o comprador do iPhone 11 por ter um conjunto fotográfico mais avançado. São duas câmeras de 12 MP que captam imagens inclusive com visão noturna em condições que normalmente produziriam verdadeiros blecautes imagéticos.

Pude ver o equipamento em ação: com lentes wide e ultra wide é possível captar uma porção maior do cenário. Fica a critério do usuário. O recurso existe há séculos em smartphones intermediários e começa a chegar nos telefones basicões. Sabemos, porém, que aqui está um mix de componentes de ponta para captar cores fiéis e imagens com um quê artístico.

Finalmente a câmera tripla

O Phil Schiller, um dos chefões da companhia, confessou que o uso do nome Pro pela primeira vez num iPhone não era por acaso. Os modelos 11 Pro e 11 Pro Max são destinados a quem precisa de um computador dentro do bolso.

Nestes telefones está a terceira câmera, uma telefoto capaz de zoom de .5x. Na prática, significa que o smartphone chega mais perto da pessoa e detecta maior riqueza de detalhes – por exemplo, nos fios de cabelo ou na textura da pele.

A Apple finalmente se rendeu a um recurso que as rivais Huawei e Samsung desenvolvem há anos. Pois é, alguns simpatizantes da marca ficaram com gostinho de “puxa, só agora?” após o lançamento.

 

Câmera tripla do iPhone 11 Pro — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

 

Há a promessa de desempenho superior em parte por causa do novo chip A13 Bionic, o mais potente já feito pela empresa e presente em toda a linha iPhone 2019.

Pudemos ver in loco a demonstração de um aplicativo de gravação de vídeos que detecta as imagens geradas pelas três câmeras. O profissional de audiovisual pode escolher qual material mais interessa e intercalar entre eles de forma simples e sem engasgos, inclusive com gravação em 4K a 60 quadros por segundo. A ver o que os filmmakers vão aprontar a partir das novas possibilidades.

 

Novo app de câmera chega junto com iOS 13 — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

 

Só três câmeras?
Registre-se que oponentes de peso, como o Galaxy Note 10 Plus e o Huawei P30 Pro, trazem um quarto sensor: o Time of Flight (ToF) consegue fazer uma leitura 3D do que está à frente do aparelho.

 

Por que disso? Retratos melhores com o efeito de profundidade mais preciso. Neste quesito, podemos dizer que a companhia liderada por Tim Cook continua atrás da concorrência.

 

Detalhe da câmera quádrupla do Galaxy Note 10 Plus — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

 

Mais bateria
Os engenheiros da Apple chegaram a um novo formato para o chip A13 Bionic que possibilita uma enorme economia de energia. A redução é da ordem de até 40%, de acordo com a empresa. O resultado prático disso é a evolução da autonomia de uso de todos os aparelhos, com destaque para os modelos Pro.

Diz a Apple que o iPhone 11 Pro possibilita ao usuário ficar quatro horas a mais longe da tomada que o iPhone XS, seu antecessor. O cenário fica ainda melhor para o smartphone mais caro: são cinco horas a mais no iPhone 11 Pro Max contra o visto no iPhone XS Max. Este recebeu elogios na análise publicada aqui no site.

 

Representantes dizem que o iPhone 11 mantém alto desempenho gráfico por tempo prolongado — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

 

Cadê o 5G?
A atuação da Apple no mercado de smartphones não é estanque, apesar de muitos executivos agirem como se não existissem outras cabeças pensantes na indústria. Pode ser que parte da população digital descubra o 5G somente em 2020, ano em que possivelmente os vindouros iPhones contarão com a internet mais veloz.

 

Huawei Mate X em Florianópolis: modo tablet tem tela de 8 polegadas — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

 

Uma pena ver este atraso num momento em que todos da cadeia de tecnologia mobile correm para disseminar a nova tecnologia. Tanto o Note 10 Plus quanto o Galaxy Fold têm versões 5G, por exemplo, e a Xiaomi também trabalha neste caminho. O dobrável Huawei Mate X foi usado pela TIM para demonstrar a tecnologia em Florianópolis.

Vale lembrar ainda que a quase onipresente fabricante de processadores Qualcomm, responsável por parcela relevante dos cérebros dos smartphones, anunciou há uma semana que começaria a fornecer componentes que possibilitam a inclusão do 5G em dispositivos menos caros.

Cores, muitas cores
Dá para dizer sem muitas ressalvas que o mercado de smartphones chegou a um ponto de maturidade. As melhorias ocorrem lentamente, para frustração de alguns.

Só que o ser humano está em constante movimento, descobre coisas novas, muda de opinião, e quer demonstrar sua identidade em meio a tudo isso. Portanto, é bem-vinda a decisão de trazer novas cores que possibilitem expressar-se melhor por meio do equipamento que nos acompanha todos os dias.

 

Todas as cores de iPhone 11 — Foto: Divulgação/Apple

 

O iPhone 11 tem seis cores: preto, verde, amarelo, lilás, vermelho e branco. São combinações vibrantes que combinam com o público-alvo mais jovem.

Não que pessoas mais velhas sejam sisudas e carrancudas, mas os modelos Pro trazem cores mais sóbrias com a proposta de casar bem com o ambiente de trabalho: tem o cinza espacial, o dourado e o prata, velhos conhecidos da comunidade da maçã. Também tem o novato Midnight Green, espécie de verde musgo. Emissários da Apple me contaram que o nome oficial em português – ao menos por ora – é “Verde da Meia-Noite”.

Bônus de R$ 120
Para fechar esta pensada, ressalto ainda o anúncio do Apple TV Plus, o concorrente da Netflix em gestação há algum tempo e que começa a operar em 1º de novembro. Conforme informamos em primeira mão, a assinatura no Brasil tem preço camarada R$ 9,90 por mês, muito menos do que a conversão dos US$ 4,90 cobrados nos Estados Unidos.

Comprados da nova leva de iPhones vão ganhar um ano grátis. Sim, de novo a Apple se movimentando para se transformar numa empresa de variadas assinaturas.

 

Ficha técnica do iPhone 11
Tamanho da tela: 6,1 polegadas
Resolução da tela: 1792 x 828 pixels
Painel da tela: LCD
Câmera principal: dupla, 12 megapixels
Câmera frontal (selfie): 12 megapixels
Sistema: iOS 13
Processador: Apple A13 Bionic
Memória RAM: não informado
Armazenamento (memória interna): 64 GB, 128 GB e 256 GB
Cartão de memória: sem suporte
Capacidade da bateria: não informado
Dual SIM: sim (nano SIM e eSIM)
Peso: 194 gramas
Cores: preto, verde, amarelo, lilás, vermelho e branco
Anúncio: 10 de setembro de 2019
Lançamento: 20 de setembro de 2019
Preço de lançamento: a partir de US$ 699 (cerca de R$ 2.800 em conversão direta)
Ficha técnica do iPhone 11 Pro
Tamanho da tela: 5,8 polegadas
Resolução da tela: 2436 x 1125 pixels
Painel da tela: OLED
Câmera principal: tripla, 12 megapixels
Câmera frontal (selfie): 12 megapixels
Sistema: iOS 13
Processador: Apple A13 Bionic
Memória RAM: não informado
Armazenamento (memória interna): 64 GB, 256 GB e 512 GB
Cartão de memória: sem suporte
Capacidade da bateria: não informado
Dual SIM: sim (nano SIM e eSIM)
Peso: 188 gramas
Cores: dourado, cinza espacial, prata e Verde da Meia-Noite
Anúncio: 10 de setembro de 2019
Lançamento: 20 de setembro de 2019
Preço de lançamento: a partir de US$ 999 (cerca de R$ 4.080 em conversão direta)
Ficha técnica do iPhone 11 Pro Max
Tamanho da tela: 6,5 polegadas
Resolução da tela: 2688 x 1242 pixels
Painel da tela: OLED
Câmera principal: tripla, 12 megapixels
Câmera frontal (selfie): 12 megapixels
Sistema: iOS 13
Processador: Apple A13 Bionic
Memória RAM: não informado
Armazenamento (memória interna): 64 GB, 256 GB e 512 GB
Cartão de memória: sem suporte
Capacidade da bateria: não informado
Dual SIM: sim (nano SIM e eSIM)
Peso: 226 gramas
Cores: dourado, cinza espacial, prata e Verde da Meia-Noite
Anúncio: 10 de setembro de 2019
Lançamento: 20 de setembro de 2019
Preço de lançamento: a partir de 1.099 (cerca de R$ 4.480 em conversão direta)

 

Fonte: TechTudo