Adapar alerta sobre suspensão do agrotóxico tradicionalmente usado nas lavoura do Estado

Medida segue orientação da Anvisa

 

A  Agência de Defesa Agropecuária do Paraná emitiu uma Nota Técnica nesta quinta-feira, em razão da suspensão cautelar da importação, produção, distribuição e comercialização do ingrediente ativo carbendazin e seus produtos técnicos, determinado pela Anvisa em 22 de junho.

A suspensão vale até a conclusão do processo de reavaliação toxicológica feito pela própria agência, cuja análise pode levar ao banimento do produto ou à sua manutenção no mercado, com a adoção de medidas para reduzir os riscos decorrentes do seu uso.

Os aspectos toxicológicos que motivaram a reavaliação do carbendazim são as suspeitas de mutagenicidade, carcinogenicidade, toxicidade para o desenvolvimento e toxicidade reprodutiva.

O documento esclarece que o despacho da Anvisa não aponta restrição de uso para os produtos comercializados antes dessa data e que já se encontram em poder dos agricultores.

Aa nota reforça o alerta de que os profissionais de agronomia não deverão emitir receitas agronômicas recomendando o uso de produtos que contenham o ingrediente ativo carbendazin em sua formulação.

O uso deste ativo vem caindo desde 2018 no Paraná, quando chegou a 1.293 toneladas.

Em 2021, foram 821 toneladas, representando 0,71% de todo o agrotóxico utilizado naquele ano, que foi de pouco mais de 115 mil toneladas.

A cultura da soja recebeu 73,12% do total, seguido do trigo, com 15,95%, feijão, com 8%, e milho, com 2,64%.