Rádio Difusora do Paraná

Adapar insiste na importância do monitoramento da cigarrinha

As ocorrências da cigarrinha-do-milho, agente vetor das doenças denominadas Complexo dos Enfezamentos, têm sido um desafio para os produtores rurais no Estado, uma vez que essas doenças prejudicam o desenvolvimento das espigas e causam redução da produtividade.

O monitoramento da Adapar, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, aliado à pesquisa e à orientação de produtores, tem colaborado para reduzir o problema.

Entre as estratégias de manejo geralmente recomendadas está o uso de cultivares com maior tolerância genética.

Em setembro, a Adapar instalou armadilhas em propriedades rurais em várias regiões do estado para quantificar a presença das cigarrinhas e desde então, as substituições desses instrumentos são feitas semanalmente, assim como o envio das amostras para análise do Centro de Diagnósticos Marcos Enrieti, laboratório da Adapar.

São 40 pontos de monitoramento com alta e baixa presença de infestação, resultando, até agora, em 374 análises e 5.390 cigarrinhas-do-milho coletadas.

A partir das análises, os técnicos observaram que, até a segunda quinzena de novembro, em pontos de alta pressão, a população de cigarrinhas-do-milho não aumenta significativamente.

Já com o início do período reprodutivo do milho, o controle químico diminui e a população tende a aumentar até a colheita.

Nas áreas monitoradas de baixa pressão há também uma tendência de aumento a partir do início de dezembro, provavelmente estimuladas pelo aumento das temperaturas médias, segundo os técnicos.

Para que as cigarrinhas-do-milho transmitam essas doenças, é necessário estarem infectadas por patógenos denominados molicutes ou por viroses que acometem o milho.

Cerca de 63% das armadilhas acompanhadas pela Adapar continham cigarrinhas, sendo que 16% estavam infectadas com Fitoplasma, 5% com Espiroplasma e 4% com ambos, conforme explica o fiscal agropecuário Anderson Lemiska..

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O Paraná é o segundo maior produtor de milho do país, atrás do Mato Grosso e segundo o Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a produção da primeira safra está estimada em três milhões e  730 mil toneladas em 384 mil hectares.