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Adunioeste deflagra greve sanitária e Unioeste deve voltar a ter aulas remotas

Unioeste emite nota e afirma que calendário letivo, com aulas presenciais, segue vigente na universidade.

Após Assembleia realizada nesta quinta-feira (27), A Adunioeste deflagrou greve sanitária a partir da próxima segunda-feira (31), ou seja, as aulas na Unioeste devem voltar a ser realizadas de forma remota.

A justificativa da Adunioeste é que assim como Foz do Iguaçu, onde as aulas já estavam sendo feitas de maneira remota nesta semana, as outras cidades que tem Campus da Unioeste estão também em uma curva crescente de casos de Covid-19, o que traz risco elevado de contágio para professores e acadêmicos.

A Adunioeste emitiu uma nota explicando o caso:

Em assembleia geral, realizada na tarde desta quinta-feira (27), os docentes da Unioeste aprovaram pela maioria dos votos pela deflagração de greve sanitária, por tempo determinado. A greve das atividades presenciais se inicia no dia 31 de janeiro (segunda-feira) e se estende até o dia 11 de fevereiro (sexta-feira).

Como se trata de uma greve de caráter sanitário, os docentes seguirão trabalhando, mas de forma remota. Assim manterão toda rotina de trabalho (aulas, reuniões, pesquisa, orientações, etc.). Apenas as aulas práticas permanecerão ocorrendo de forma presencial, como já vinham ocorrendo.

Os docentes reivindicam a suspensão das aulas presencias enquanto os níveis de contágio, hospitalização e óbitos, em decorrência da covid-19, se mantiverem em alta exponencial. Além disso, eles pedem a revisão dos protocolos sanitários da Unioeste, incluindo a exigência da máscara adequada e o estabelecimento de Passaporte vacinal efetivo, sem exceção. Os docentes discordam da Ordem de Serviço que autoriza os que “desejam não se vacinar”, sem que tenham razão médica para isto, a frequentarem aulas desde que façam exames RT-PCR semanais, considerando que isto aumenta os riscos de contágio para todos e que deve ser exigido esquema vacinal completo para todos que frequentarem o campus.

O professor Gilberto Calil, presidente da Adunieoste, seção sindical que representa a categoria, destaca que “a decisão se deve ao momento excepcional que atravessamos, com recordes diários de contágios e aumento expressivo nos índices de ocupação hospitalar e também no número de mortes”. Segundo ele, “a opção por uma greve por tempo determinado, por outro lado, expressa a intenção de retornar às atividades presenciais assim que possível, o que será reavaliado em nova assembleia”.

 

 

NOTA OFICIAL DA UNIOESTE

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) surpresa ao receber a informação via imprensa sobre a greve sanitária deflagrada na instituição pelo sindicato docente Adunioeste, vem a público esclarecer pontos importantes sobre a situação:

1 – A Adunioeste não tem o direito e nem prerrogativa para legislar sob as decisões colegiadas da Universidade.

2 – A decisão de retorno ao ensino total de forma presencial foi tomada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) conforme consta na resolução 223/2021 – CEPE de 30 de novembro. Ou seja, qualquer movimento de aula remota que esteja em desconformidade com a resolução não tem valor legal perante à Universidade.

3 – A Unioeste sempre esteve preocupada em cuidar da comunidade acadêmica, para isso implantou período emergencial de ensino remoto durante a pandemia e teve o calendário acadêmico severamente afetado. Todas as decisões foram tomadas de forma colegiada, tendo resguardado o direito de agentes, docentes e discentes, durante todo esse período que estamos vivendo.

4 – O direito a greve é previsto na Constituição Federal, envolto a defesa de alguma reivindicação. A comunidade acadêmica da Unioeste contempla cerca de 15 mil pessoas, sendo mais de 3 mil servidores técnicos e docentes. A assembleia em questão teve adesão de cerca de 100 professores, sendo minoria perante o ensejo da comunidade.

A Universidade Estadual do Oeste do Paraná disponibiliza no endereço www.unioeste.br um protocolo de biossegurança para que todos da Universidade (docentes, agentes administrativos e discentes) tenham acesso e se informem sobre as recomendações e regras importantes nesse período de pandemia.

Os campi da Unioeste foram preparados para receber os alunos de maneira segura, com a disponibilização de álcool gel na entrada de todas as salas, corredores e banheiros, distanciamento entre as carteiras, obrigatoriedade do uso de máscaras e passaporte vacinal por parte de acadêmicos, docentes e agentes universitários.

O calendário letivo, com aulas presenciais, segue vigente na universidade.

Fonte: Taroba News