Apesar da recessão mundial decorrente da pandemia do coronavírus, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná mantém-se otimista e acredita que o agro do Paraná deve manter seu ritmo de exportações.
Segundo a entidade, mesmo com o recuo do comércio internacional, as exportações de soja e carnes devem sofrer menos impacto e o Brasil vai abrir novos mercados
Em março, a Organização Mundial do Comércio publicou um estudo prevendo que a pandemia do novo coronavírus irá provocar recessão em escala global.
Conforme as projeções da entidade, o comércio mundial deve despencar entre 12,9% no cenário mais positivo e 31,9% nas perspectivas mais negativas.
Segundo o estudo, a recuperação da economia só começaria a ocorrer ao longo de 2021.
Conforme a Faep, apesar dessas perspectivas, a habilitação de novos frigoríficos, a demanda externa crescente por alimentos e as características dos principais produtos exportados pelo agronegócio levam a crer que o setor sofra menos que outras atividades econômicas.
Luiz Eliezer Ferreira, técnico do Departamento Técnico Econômico do Sistema FAEP/SENAR-PR, diz que o interessante é que, embora a previsão seja de queda generalizada no comércio entre os países em 2020, já no ano que vem a recuperação deve ocorrer de forma muito rápida.
No caso da América do Sul, segundo ele, o cenário positivo projeta não só uma recuperação, mas um crescimento além do patamar em que as exportações estavam antes e um dos indicadores que ajudam a formar convicção que o agronegócio brasileiro deve sofrer menos os impactos da crise são as exportações.