O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de 44 anos, foi eleito nesta segunda-feira o novo presidente da Casa pelos próximos dois anos.
Um dos mais jovens senadores a assumir o comando do Congresso, ele teve 57 votos, contra 21 da candidata Simone Tebet (MDB-MS), que foi abandonada pelo próprio partido na disputa.
Pacheco foi apoiado pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em uma articulação direta com o Palácio do Planalto.
Conforme o Estadão revelou, o governo liberou um total de R$ 3 bilhões em verbas extras para deputados e senadores na esteira da negociação.
Além disso, o volume de emendas parlamentares pagas em janeiro foi recorde.
Com formação em Direito, Pacheco prometeu agir com independência em relação ao Planalto e fez um discurso de pacificação.
Nos bastidores, a vitória era dada como certa antes mesmo da votação sigilosa, contando com o apoio não só de bolsonaristas, mas também de partidos da oposição.
Católico, ele está no primeiro mandato como senador e presidirá o Senado até fevereiro de 2023.
Rodrigo Pacheco nasceu em Porto Velho (RO), mas se elegeu por Minas Gerais, onde a família é dona de empresas de transporte rodoviário.
Em dezembro de 2020, emplacou um assessor de seu gabinete como diretor da Agência Nacional de Transportes (ANTT) – órgão que tem como atribuição regular empresas de sua família.
A indicação, conforme o Broadcast revelou, foi questionada por violar a Lei de Agências Reguladoras e ainda não passou pelo plenário.
Como presidente, ele será responsável por pautar ou devolver a indicação.
Na última hora, Major Olimpio (PSL-SP), Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Lasier Martins (Pode-RS) retiraram as candidaturas para apoiar a emedebista.
A eleição para os demais cargos na Mesa vai ocorrer nesta terça-feira PSD e MDB disputam a 1ª vice-presidência.