Assembleia da APP-Sindicato será amanhã pela manhã
Foi assinado pelo governador Ratinho Júnior o decreto autorizando a retomada das aulas presenciais nas escolas públicas estaduais, cujo texto está inclusive publicado no Diário Oficial do Estado.
As aulas estão suspensas desde março do ano passado, após o início da pandemia do Covid-19 mas devem ser reiniciadas no próximo dia 18 de fevereiro.
Em dezembro, a Secretaria de Estado da Educação havia divulgado que elas seriam retomadas em formato híbrido, com parte dos alunas assistindo às aulas de forma presencial nas escolas, enquanto o restante dos estudantes acompanha, simultaneamente, a mesma aula de maneira remota.
A intenção é que haja um revezamento semanal entre os estudantes dentro do próprio sistema.
Conforme a Secretaria da Educação, os educandários estaduais vão adotar as medidas do protocolo de prevenção contra a Covid-19 elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde, seguindo o mesmo modelo já usado no retorno de atividades extracurriculares no fim de outubro.
Apesar do anuncio feito pelo Governo, a retomada das aulas está novamente ameaçada.
Amanhã a partir das 9 horas, a APP-Sindicato fará uma assembleia estadual extraordinária on-line para deliberar sobre novas ações buscando o atendimento das reivindicações da categoria, entre elas o que os professores definem como “ novo calote da data-base anunciado pelo governador do Paraná, Ratinho Junior “ e não está descartada a decretação de uma greve da categoria.
O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão, se reuniu com procuradores do Ministério Público do Paraná para tratar de assuntos relacionados à defesa dos direitos dos professores e estudantes da rede pública estadual.
Processo seletivo simplificado, escolas cívico-militares e mudança na matriz curricular com redução da carga horária das disciplinas de humanas , também estiveram entre os temas abordados.
De acordo com o presidente da APP-Sindicato, a gestão do secretário da Educação, Renato Feder, e do governo Ratinho Júnior, vem cometendo um conjunto de práticas antissindicais.
Na avaliação do dirigente, essas iniciativas precarizam a educação pública, são incompatíveis com o regime democrático e a legislação brasileira e por isso a APP está mobilizando a categoria e atuando em todas as frentes possíveis para barrar esses retrocessos.