Rádio Difusora do Paraná

Baixo nível do Rio Paraná causa dificuldades para a agricultura argentina.

Nível nos terminais exportadores está reduzido a menos de um metro

Em um comunicado divulgado ontem, câmara portuária argentina afirma que a redução histórica no nível do rio Paraná na Argentina forçou empresas agroexportadoras a diminuírem ainda mais o volume dos embarques de milho e soja do país.

Isso ocorre , justamente em um momento em que a colheita da atual temporada argentina se intensifica.

Semanas de tempo seco ajudaram os agricultores argentinos a acelerarem a colheita de soja e milho, tornando o solo firme o suficiente para aguentar os pesados trabalhos da safra 2019/20.

Rio acima, no entanto, a seca no Brasil contribuiu para que os níveis das águas do Paraná diminuíssem na Argentina, afetando a hidrovia que transporta cerca de 80% das exportações agrícolas do país.

Segundo dados do governo argentino, o nível do rio Paraná na região dos terminais exportadores de Rosario era de 0,55 metro ontem enquanto o Instituto Nacional das Águas – INA – afirma que a média para o mês de abril no local é de 4 metros.

As mínimas de uma década no nível do rio Paraná estão forçando exportadores a carregar menos mercadorias no terminal de Rosario e a levar mais tempo para transportar os produtos até Bahía Blanca, onde as embarcações atingem o Oceano Atlântico.

Abril é o ápice da colheita de soja e milho da Argentina, as principais safras agrícolas do país para comercialização.

A Argentina é a maior exportadora de farelo e óleo de soja do mundo, além de terceira principal fornecedora de grãos de soja e milho.

A forte queda no nível do rio Paraná se deve a uma importante escassez de água que afeta desde o ano passado áreas de São Paulo ao Rio Grande do Sul.