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Beto Richa entra com novo recurso no processo do programa “Patrulho do Campo”

O ex-governador Beto Richa entrou com novo recurso no Supremo Tribunal Federal pedindo a anulação da ação que ele responde na 13ª Vara Criminal de Curitiba, no âmbito da operação Rádio Patrulha, do Ministério Público Estadual, que investiga suspeitas de fraude em licitação do programa “Patrulha do Campo”, de obras em estradas rurais.

 

Richa é acusado de receber propina para favorecer empresas em licitação para a aquisição de máquinas.

 

A defesa do tucano pediu ao ministro do STF, Gilmar Mendes, relator do caso no Supremo, que o processo seja transferido para a Justiça Eleitoral.

 

O pedido tem como base decisão do STF de março deste ano segundo a qual crimes eleitorais como o caixa 2 que tenham sido cometidos em conexão com outros crimes como corrupção e lavagem de dinheiro devem ser enviados à Justiça Eleitoral.

 

Em outubro do ano passado, Beto Richa e outras 12 pessoas se tornaram réus, após o juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, acatar a denúncia do Ministério Público por corrupção passiva e fraude em licitação.

 

Segundo a acusação, empresários teriam oferecido dinheiro em troca do favorecimento na licitação do programa.

 

O valor acertado seria de 8% do valor bruto dos contratos.

 

Ao todo, aponta o Ministério Público teriam sido pagos 8 milhões, 152 mil, 474 reais e 44 centavos em propina.

 

Beto Richa, de acordo com a denúncia, era o principal destinatário final das vantagens indevidas prometidas pelos empresários, plenamente ciente das tratativas e reuniões realizadas.

Entre as provas está uma gravação em que ele trata de assuntos relacionados ao atraso do pagamento de propina com o delator e ex-deputado estadual Tony Garcia, além de aditivos contratuais determinados pelo então governador.