Principal aposta do governo federal para imunizar os brasileiros contra a Covid-19, a vacina de Oxford/AstraZeneca só vai ser amplamente usada na campanha de vacinação a partir de março, porque grandes quantidades do imunizante, com entrega frequente, só estarão disponíveis daqui a dois meses.
Até lá, além da coronavac, o país só deverá ter os 2 milhões de doses da vacina de Oxford que devem chegar ao Brasil, importados da Índia, nos próximos dias.
Essas doses são suficientes para imunizar cerca de 1 milhão dos 210 milhões de brasileiros .
A Fundação Oswaldo Cruz , que vai produzir no Brasil a vacina de Oxford, enviou na terça-feira um ofício ao Ministério Público Federal informando que, mesmo com a chegada em janeiro dos insumos para fabricar a vacina no país, a entrega das doses para o Ministério da Saúde só vai ocorrer em março.
Se não houver atrasos, o chamado Ingrediente Farmacêutico Ativo, IFA, necessário para produzir a vacina, chegará ao Brasil em 23 de janeiro, próximo sábado.
A farmacêutica AstraZeneca é a responsável por enviar os insumos para a Fiocruz porém o Brasil depende da China porque a fábrica da AstraZeneca fica em território chinês.
Por contrato, a entrega do IFA à Fiocruz não está atrasada, pois o cronograma prevê que ocorra em janeiro mas a data estimada para a entrega das doses ao Ministério da Saúde é março porque, após a fabricação em si da vacina, a Fiocruz precisará de ao menos mais 20 dias para realizar testes que qualidade.
Por enquanto, não há nenhuma previsão de ampliar a importação de doses da vacina de Oxford, para além dos 2 milhões de doses da Índia.