Comissão Técnica de Aquicultura da FAEP debate desafios da cadeia do peixe no Paraná

 Estado é o maior produtor de tilápia, mas vê crescimento ameaçado pelos altos custos de produção

 

A Comissão Técnica de Aquicultura do Sistema FAEP/SENAR-PR debateu ontem em reunião virtual,  os desafios que precisam ser superados para manter a cadeia de peixes em crescimento no Estado.

Hoje  o Paraná é o maior produtor de tilápia do Brasil, tendo gerado  1 bilhão de reais em Valor Bruto de Produção Agropecuária e a  taxa de crescimento anual projetada para os próximos três anos é de 20% ano, ou seja, em 2025, o VBP deve chegar próximo dos  2 bilhões de reais, segundo dados do Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Essa taxa de crescimento, no entanto, está ameaçada, como enfatizou o presidente da Comissão , Edmilson Zabot.

De acordo com ele, por  mais que seja uma cadeia antiga no Oeste, dentro do agronegócio em geral a produção de peixes tem uma expansão relativamente nova, que está buscando o seu lugar.

Conforme Edmilson Zabot,  trata-se de  uma atividade que vem crescendo e com  isso os problemas estão aparecendo de todos os lados, de ordens econômica, sanitária e de infraestrutura e agora  a grande preocupação é  com o custo da energia elétrica, que está levando produtores a pensarem até em abandonar a atividade.

Além da rodada de conjuntura, na qual os participantes expuseram a situação da piscicultura em seus respectivos municípios, técnicos do Sistema FAEP/SENAR-PR atualizaram as questões envolvendo benefícios na tarifa de energia elétrica.

Os produtores rurais relataram que há inúmeros empreendimentos com dificuldades em manter as contas em dia e há casos até mesmo de pecuaristas que precisam renegociar os boletos.

Outro ponto que teve atualizações por parte de técnicos do Sistema FAEP/SENAR-PR foi a questão dos licenciamentos ambientais e outorga da água.

Alguns produtores estão com dificuldades para obter esses documentos, o que interfere na obtenção de financiamentos e/ou subsídios.

O andamento de mobilizações junto a autoridades parlamentares estaduais e federais foi apresentado, com espaço para os líderes rurais tirarem dúvidas e apontar novas demandas de atuação.