Mesmo assim reforça a importância de o produtor reforçar a proteção do seu negócio
Durante reunião realizada ontem o Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) discutiu a respeito da necessidade de reforçar as medidas de segurança sanitária em relação à gripe aviária (H5N1), mesmo com o Brasil e o Paraná preparados para enfrentar eventuais casos que possam aparecer.
O encontro foi convocado em razão de ter sido detectada infecção pelo vírus em aves silvestres no Estado do Espírito Santo.
Conforme o Secretário da Agricultura, Norberto Ortigada, presidente do Conesa, os três casos constatados em aves silvestres não têm o poder de derrubar o status sanitário do Paraná e não representam nenhuma repercussão comercial, uma vez que as exportações somente poderão ser afetadas se houver incidência em granjas comerciais.
Segundo Ortigara, é necessário porém “ que os produtores de frango de corte e de postura atualizem todas as ações que já fizeram e reforcem ainda mais a proteção de seus negócios”.
Ele acrescenta que a Secretaria da Agricultura e Abastecimento e a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) continuarão promovendo reuniões em todas as regiões do Estado para orientar os produtores sobre as medidas a serem reforçadas.
Entre as principais ações estão “ cercar e se certificar de que não há falhas que permitam entrada de outras aves nos barracões comerciais, manter as portas permanentemente fechadas, não permitir visitas às instalações produtivas e assegurar a higienização correta das pessoas que precisam adentrar na granja”.
Por sua vez o gerente de Sanidade Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, todos os fiscais da agência estão treinados para atender eventual emergência.
O Estado realizou exames em 12 mil aves de 350 propriedades dentro de sua estratégia de vigilância ativa e não houve nenhuma positividade, inclusive na área de ação da unidade veterinária de Marechal Cândido Rondon, conforme relatou ontem o médico veterinário Loreno Tafarel.
Já o presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, salientou na reunião de ontem que os consumidores não devem ficar preocupados em razão dessa doença, visto não haver nenhum registro de alguma complicação.
O representante da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária, Ronei Volpi assegurou que o Paraná está bem preparado no que se refere à biossegurança e o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Inácio Kroetz, destacou a importância da avicultura para o Estado, que é o principal produtor e exportador de aves do Brasil.
Por isso a obrigatoriedade de que todos os detentores de animais, incluindo aves, façam a atualização do cadastro de seus rebanhos na Adapar, cuja campanha segue até 30 de junho.
Fonte: AEN