Rádio Difusora do Paraná

Conseleite conclui que apesar da crise, lácteos começam 2022 com leve alta

Em relação a dezembro valor referência vai crescer 0,19%

 

A primeira reunião de 2022 do Conseleite-Pr, realizada ontem,(25) apontou , que mesmo com a longa crise que afeta a cadeia produtiva de lácteos, o valor de referência do leite em janeiro deve ensaiar uma leve alta.

No encontro realizado de forma remota, por precaução contra a pandemia de Covid-19, o primeiro mês do ano tem perspectiva de fechar com o valor de referência , que serve como base para a livre negociação entre produtores e indústrias,  de R$ 1,781 o litro, contra R$ 1,778 em dezembro, o que representa elevação de 0,19%.

A reunião sinalizou que 2022  inicia de forma desafiadora, com custos de produção elevados e questões climáticas interferindo de forma significativa na produção em todo o Brasil.

Se por um lado no Centro-Oeste, Norte e Nordeste há excesso de chuvas, no Sul a estiagem ainda cobra seu preço.

Ainda assim, alguns produtos dentro do mix de comercialização conseguiram ter reação nos preços.

No Paraná, o Conseleite mostra que dos 14 derivados monitorados, nove devem ter alta em janeiro e cinco quedas nas cotações, em função da lei de oferta e procura.

O presidente do Conseleite-PR, Wilson Thiesen, lembrou que além da pandemia em si, os reflexos na economia foram danosos de forma geral, o que afeta significativamente o equilíbrio da oferta e demanda do setor de lácteos.

De acordo com ele é preciso  lembrar que o leite foi um dos mais atingidos nessa situação toda, pois além da Covid-19, ocorreram  seca e geada, o que impactou os custos de produção.

Thiesen menciona que o setor já passou  por outras crises antes, mas a atual  é uma das mais severas e  por isso a esperança que termine nesse ano.

Por sua vez, o  presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil ,  Ronei Volpi, corroborou com a preocupação do Conseleite.

Ele afirma ter ciência de  uma situação inédita de venda de equipamentos por produtores, vários deixando a atividade e essa deve ser a tônica desse ano.

Acrescenta ser preciso “ mais do que nunca apostar no diálogo com a indústria e na previsibilidade de preços envolvendo também o varejo para vencer esse momento e vislumbrando um futuro melhor para a atividade”.