Na reunião de ontem na sede do Sistema FAEP/SENAR-PR, em Curitiba, o Conseleite constatou uma tendência de alta no valor de referência do leite padrão no mês de junho.
Tendência para julho é que haja um novo reajuste positivo
Os dados da associação civil que reúne de forma paritária representantes de produtores rurais e indústrias de laticínios fecharam em R$ 2,68 em junho, o que representa R$ 0,39 a mais do que o valor de maio o que em termos percentuais representa uma elevação de 17%.
Conforme os números, que são sistematizados mensalmente pela Universidade Federal do Paraná e apreciados pelo Conseleite , a tendência para o mês de julho é que haja um novo reajuste positivo, acima dos R$ 0,50.
Entre os fatores que contribuem para esse cenário estão os aspectos externos, como reflexos do pós-pandemia do coronavírus e a Guerra da Ucrânia, que pressionam a inflação no Brasil e do mundo.
Os altos custos de produção do leite brasileiro também têm levado os produtores a reduzirem a oferta, mexendo diretamente no equilíbrio da oferta e demanda dos lácteos.
Durante a reunião o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ronei Volpi, compartilhou que o órgão nacional tem feito pressão para que seja feita uma regulamentação dos chamados produtos Plant Based.
Entre esses alimentos estão alguns que não levam leite na composição e se autodenominam como “queijo”.
Conforme Volpi, ” o governo está penando muito com isso, principalmente com áreas vegetais que se apropriam de denominações lácteas e isso não tem uma regulamentação correta”.
O representante do MAPA informou que haverá uma audiência em agosto para colocar essa questão com urgência para que o consumidor não seja induzido ao erro.