Rádio Difusora do Paraná

Custo alto para produção de suínos mantém a atividade no vermelho

Um dos problemas é o custo com a alimentação

 

A transparência na relação entre agroindústrias e produtores rurais por meio das Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração tem promovido melhorias constantes na cadeia produtiva da suinocultura, inclusive no ajuste dos repasses dos valores pagos aos produtores paranaenses.

A crise global do pós-pandemia, a Guerra na Ucrânia e fatores internos da economia nacional, no entanto, não têm dado trégua e ainda há defasagem nos valores praticados.

Esse é o quadro apontado pelo levantamento de custos de produção da suinocultura, elaborado pelo Sistema FAEP/SENAR-PR.

Segundo o presidente da Federação, Ágide Meneguette, para chegar aos números desta edição do levantamento de custos de produção da suinocultura, reuniões foram realizadas com produtores rurais, revendas de insumos, representantes da agroindústria, instituições financeiras e demais agentes do setor, para apurar os custos de uma propriedade modal, ou seja, o perfil de negócio que mais se repete na região.

Os encontros para chegar aos números foram realizados no modo virtual, ainda em precaução à pandemia do novo coronavírus.

No contexto geral da atividade, a presidente da Comissão Técnica de Suinocultura do Sistema FAEP/SENAR-PR, Deborah de Geus, enfatiza que, inicialmente, é preciso considerar que a produção de suínos vive uma crise de grande proporção desde o começo de 2021.

De acordo com ela, o que está pegando é o custo muito alto, sem perspectiva de queda nas cotações do milho e da soja, e a crescente oferta de suínos no mercado interno.

Deborah destaca ainda que, com essa questão da Guerra da Ucrânia, a exportação para a Rússia parou, e com a questão da Covid-19, os portos da China fecharam.

Por sua vez, Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico do Sistema FAEP/SENAR-PR, menciona que, apesar do aumento no valor pago ao produtor, a receita obtida não é suficiente para cobrir os desembolsos, e insuficiente para pagar a depreciação de máquinas e equipamento e a remuneração do capital investido.