Crime ocorreu em janeiro deste ano
O Tribunal Popular do Juri de Marechal Cândido Rondon tem sessão de julgamento marcada para esta sexta-feira, 10 de novembro, para julgar um crime de homicídio.
Serão réus, Bruno Ricardo Peppler, Ezequiel Maylon Rodrigues de Moura e Samuel Pereira de Proêncio.
Em 04 de janeiro de 2023, por volta das 22 horas no interior do ‘alojamento 301’ da cadeia pública de Marechal Cândido Rondon/PR, os denunciados mediante prévia ajuste de vontades e imbuídos de inequívoca intenção de matar, tiraram a vida do companheiro de cela Alan Aparecido Távora, por asfixia mecânica conforme Laudo de Exame de Necropsia dpo Instituto Médico Legal.
Consta na denuncia que na data do fato, Bruno e Samuel subiram na cama em que estava Alan e o jogaram no chão.
Na sequência o réu Ezequiel aplicou-lhe o golpe popularmente conhecido como “mata-leão”.
Enquanto o denunciado Ezequiel aplicava o golpe que comprimia o pescoço da vítima, o denunciado Samuel segurava as pernas e o tronco de Alan, e Bruno desferia socos na vítima e dizia “seu pilantra, você não é o bichão? Agora você vai morrer”.
Após cerca de 15 minutos de ininterrupta compressão do pescoço da vitima , os denunciados cessaram suas ações após constatarem que Alan encontrava-se morto.
O delito foi cometido por motivo fútil, uma vez que, horas antes do
crime, o denunciado Bruno e a vítima Alan estavam realizando uma brincadeira consistente em aplicar um no outro o golpe “mata leão” a fim de saber quem desistiria por último, sendo que o ofendido acabou se sagrando vencedor, o que fez com que os denunciados ficassem revoltados.
Após ceifarem a vida de Alan, os denunciados forjaram as circunstâncias de sua morte, a fim de que aparentasse um suicídio por enforcamento.
Nessa perspectiva, o denunciado Ezequiel amarrou uma corda feita com manta de lençol no exaustor, enquanto Bruno e Samuel levantaram o corpo de Alan, e encaixaram a corda no pescoço da vítima , deixando o corpo suspenso.
A sessão de julgamento dos denunciados nesta sexta-feira começa às 08 horas na sala do Tribunal do Juri do Fórum de Mal. Cândido Rondon, presidida pelo juiz Clairton Spinassi.
Pelo Ministério Público vai atuar o promotor Ítalo João Chiodelli e na defesa dos réus os advogados Gustavo Graciano de Paiva e Silvestre Vinciguera Neto Fortini.