DER e Dnit alegam que fazem a manutenção das rodovias

Entidades, caminhoneiros e usuários afirmam  o contrário

 

Apesar da preocupação de empresas de transporte de carga, caminhoneiros autônomos e motoristas em geral em relação à conservação das estradas do Paraná que estão sem o contrato de pedágio, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná  e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes  afirmam que todos os trabalhos estão sendo feitos, por meio dos contratos temporários, para preservar as condições de segurança.

As rodovias do antigo Anel de Integração são compostas por trechos estaduais e federais, que vinham sendo administrados pelas concessionárias até novembro de 2021, quando venceram os contratos de concessão.

Em dezembro, tanto DER quanto Dnit assinaram contratos temporários com empresas terceirizadas para garantir os serviços de manutenção das estradas, até que um novo contrato de concessão seja estabelecido, o que é previsto para 2023.

Sob a responsabilidade do DER estão as estradas estaduais que totalizam 964,52 quilômetros ao passo que  o Dnit cuida dos 1.535,48 quilômetros das federais.

O DER mantém cinco contratos, no valor total de  93 milhões e 400 mil reais de cujo o total  9 milhões e 700 mil  já foram investidos, segundo o órgão do governo estadual.

Conforme   o DER, foram realizadas em dezembro de 2021 roçadas nas laterais das rodovias e instalados os canteiros de obras, com as melhorias no pavimento iniciando em janeiro deste ano.

Ainda segundo o DER, os serviços são feitos de forma rotineira e contínua, priorizando as rodovias com maior movimento e maior necessidade de intervenções. Trabalhadores percorrem a malha rodoviária, verificando as condições das rodovias e alertando os responsáveis.

Já o Dnit informa, por meio de nota, que monitora e fiscaliza permanentemente as rodovias federais com o apoio de empresa supervisora, que auxilia na definição de ações voltadas à manutenção preventiva e corretivas.

Segundo o órgão federal, o serviço de tapa-buracos é mais demandado após períodos chuvosos, mas é uma ação rotineira, sendo realizada durante toda a execução do contrato.

De acordo com o Dnit, a evolução do desgaste natural de um pavimento depende de diversos fatores desde a concepção e execução do projeto original até a execução da manutenção/conservação deste pavimento, considerando excessos de peso, volumes de tráfego e intempéries climáticas.

De acordo com a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), os problemas mais comuns relatados por transportadoras são buracos, pedaços de pneus na pista, atendimento demorado, e iluminação precária em pontos onde antes se tinha boa visibilidade.

Já o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Paraná , Josemar Bueno, diz que os serviços emergenciais hoje nas estradas do Paraná são ruins e morosos.