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Deral define em 39% a redução do potencial da soja por causa da estiagem

A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento fechou janeiro com projeção de redução em 39% na produção de soja no Estado para a safra 2021/22, em relação ao potencial inicial.

A primeira Previsão de Safra Subjetiva deste ano, apresentada ontem pelos técnicos do Departamento de Economia Rural, aponta também que, no caso do milho de primeira safra, as perdas estão em 36%, enquanto o feijão terá 31% a menos na produção em relação à projeção.

Por se tratar de commodity, esses produtos dependem de várias conjunturas, inclusive oscilações decorrentes de produção internacional, mas as perdas monetárias para os produtores paranaenses devem se posicionar entre 25 e 30 bilhões de reais.

No Estado, o maior impacto para a redução de produção e perda de renda é essencialmente o climático, com a estiagem forte iniciada em 2019, aliada ao calor intenso tanto no ambiente quanto no solo, conforme explicou o secretário Norberto Ortigara….

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Ortigara destacou que este é um quadro realista, de perda, que provoca impacto, mas que estava sendo trabalhado junto com o governo federal para que houvesse ajuda e incentivo aos agricultores.

Para o chefe do Departamento de Economia Rural, Salatiel Turra, a estimativa divulgada pelo departamento destaca uma redução bastante significativa das culturas de soja, milho e feijão.

Os números do relatório mensal do Deral não diferem muito dos dados levantados em meados de janeiro.

Até o momento, há perda de mais de oito milhões de toneladas de soja, 39% do previsto inicialmente.

A produção estimada atualmente é de 12 milhões e 800 mil toneladas.

Em relação à produção da safra 2020/2021, sojicultores paranaenses devem ter redução de 35%.

O cenário climático adverso também provocou perdas irreversíveis para os produtores de milho da primeira safra.

Em relação ao potencial produtivo de quatro milhões e 300 mil toneladas, que tinha sido previsto, a baixa já ultrapassa 36%.

Com isso, o campo deve render, de acordo com os dados atuais, dois milhões e 700 mil toneladas, redução de 13% em relação ao produzido.