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Efeito pandemia pode afastar eleitores das urnas neste ano

Segundo o TSE desde 2004 o índice de abstenções é crescente no Brasil

 

A pandemia da Covid-19 teve impacto direto sobre as eleições municipais de 2020, com a alteração do calendário eleitoral e a adoção de cuidados extras para evitar a infecção de eleitores e mesários no dia do pleito.

Mais do que isso, o novo coronavírus pode ter, também, reflexos no resultado das eleições, a depender do número de pessoas que optarem por não sair de casa para votar por medo de se contaminar.

Com isso, é grande a chance de que o índice de abstenção, que já vem crescendo nos últimos anos, aumente ainda mais.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, desde 2004 as eleições municipais apresentam elevação na ausência de votantes.

Naquele ano, a abstenção no primeiro turno foi de 14,22%.

No pleito seguinte, de 2008, o índice subiu para 14,5%.

Em 2012, atingiu 16,41%.

Na mais recente, em 2016, a abstenção chegou a 17,58% – todas essas taxas são relativas ao primeiro turno.

E agora  para 2020, há o elemento pandemia.

Algumas pesquisas eleitorais deste ano apontaram que há uma parcela de eleitores que não pretende ir às urnas em 15 de novembro.

Para tentar evitar que a abstenção seja um fator significativo neste ano, o TSE vai implementar um protocolo de segurança sanitária no dia do pleito.

O horário da votação, por exemplo, vai ser ampliado, das 7  às 17 horas, sendo que o período até as 10 horas será preferencial para maiores de 60 anos,  grupo considerado de risco para o novo coronavírus.

O uso de máscara será obrigatório e haverá distribuição de álcool em gel em todas as seções.

Além disso, o TSE recomenda que os eleitores levem a própria caneta para assinar a presença no caderno de votação.