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El Niño retorna com previsão de seca, chuvas fortes e ameaça para agricultura na América do Sul

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Fenômeno climático costuma provocar seca e calor forte no Brasil

 

O El Niño retornou oficialmente, e é provável que produza condições climáticas extremas no fim deste ano, desde ciclones tropicais girando em direção a ilhas vulneráveis do Pacífico até chuvas fortes, calor e seca na América do Sul e na Austrália.

O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico, o que acaba tendo influência no clima mundial, com impactos na temporada de furacões no Atlântico e de ciclones no Pacífico.

Após três anos do padrão climático La Niña, que geralmente reduz um pouco as temperaturas globais, o El Niño, mais quente, está de volta, de acordo com um aviso emitido, nesta quinta-feira, pelo Centro de Previsão Climática da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos.

O El Niño surge de águas excepcionalmente quentes no Pacífico oriental, próximo à costa da América do Sul, e geralmente é acompanhado por uma desaceleração ou reversão dos ventos alísios do leste.

“Em maio, as condições fracas do El Niño surgiram à medida que as temperaturas da superfície do mar acima da média se fortaleceram no oceano Pacífico equatorial”, destaca o comunicado divulgado ontem.

Na última vez em que houve um El Niño, em 2016, o mundo teve o ano mais quente já registrado. Juntamente com o aquecimento causado pela mudança climática, 2023 ou 2024 pode atingir novos máximos.

Pelos próximos meses, durante o inverno, o El Niño deve ser sentido mais fortemente no Hemisfério Sul e entre os países mais atingidos estão Brasil, Colômbia e Venezuela, com previsão de secas intensas, bem como Índia e Indonésia.

 

Fonte: Correio do Povo