Número é 27% maior do que em 2018
O número de policiais candidatos nas eleições deste ano cresceu 27% em relação à disputa de 2018.
A categoria representa, em média, 6,6% dos concorrentes em todo o País.
Dos 1.866 membros das forças de segurança pública e defesa que se candidataram este ano, 94,9% estão ligados a partidos de direita.
Os números fazem parte de um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta terça-feira, 16, com base em dados preliminares do Tribunal Superior Eleitoral .
Desde 2010, quando o FÓRUM começou a contabilizar as candidaturas deste tipo, há um aumento do número de policiais buscando cargos eletivos.
Eram 1.037 em 2010, 1.161 em 2014 e saltaram para 1.469 em 2018, ano da candidatura de Bolsonaro à Presidência.
Este ano, o PL, sigla do presidente, lidera o número de postulantes com 232 nomes, seguido pelo PTB, com 140 e do Republicanos, com 137.
Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirma que “as polícias sempre estiveram mais ligadas a esse espectro da direita, mas em 2018 isso se acentuou”.
Se antes os policiais candidatos tinham como foco pautas mais corporativistas, agora eles disputam espaço com candidaturas não ligadas a membros da corporação necessariamente.
Renato Lima destaca o fim das coligações partidárias para cargos proporcionais, como deputados federais e estaduais, como um fator que pode dificultar a eleição de policiais este ano.
Segundo ele os policiais vão disputar o voto dos bolsonaristas com as dificuldades das novas regras eleitorais.
Do total de candidaturas para as eleições deste ano, a maioria é composta por policiais militares (807).
Em seguida, aparecem policiais civis (188), bombeiros militares (117), militares reformados (245) e membros das Forças Armadas (60).
Mais 449 candidatos declararam outra ocupação, mas foram identificados por meio do nome de urna.