Embrapa e Itaipu desenvolvem projeto para produzir peixes em sistema de bioflocos

Projeto de cooperação científica entre as instituições será de quatro anos

A Embrapa Meio Ambiente e a Itaipu Binacional assinaram um acordo para desenvolver um projeto de cooperação científica que irá validar protocolos de produção de juvenis de tilapia e pacu em sistema bioflocos .

A Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento  também integra o acordo e vai participar no gerenciamento dos recursos.

O projeto terá duração de quatro anos e um aporte de mais de  2 milhões de reais, com atividades de campo prioritariamente desenvolvidas na área de abrangência do reservatório da Itaipu, no estado do Paraná.

O objetivo fundamental da Itaipu, principal financiadora das pesquisas, é agregar tecnologias sustentáveis à atividade aquícola na região para melhorar os índices de qualidade da água do sistema produtivo de peixes e garantir a produtividade em longo prazo.

O Oeste do Paraná  possui uma destacada vocação para a piscicultura e segundo dados do anuário 2020 da Peixe BR, o Paraná é o estado líder na produção nacional de peixes de cultivo.

O estado produziu, em 2020, mais de 166 mil toneladas, uma produção 135% maior que a de São Paulo, o segundo colocado no ranking nacional.

O projeto é um desdobramento de um acordo técnico anterior, celebrado entre a Itaipu e a Embrapa no ano de 2019, que, por meio de ensaios com a tecnologia de bioflocos, apresentou resultados importantes e gerou um grande intercâmbio de informações técnicas e econômicas acerca do sistema BFT.

A produção de peixes em Bioflocos é um sistema intensivo baseado no conceito de sustentabilidade, pois nele quase não é necessário fazer a renovação da água.

No caso, pequenas partículas orgânicas colonizadas por bactérias heterotróficas e outros microrganismos se desenvolvem naturalmente no sistema de produção.