Enquanto milhares de pessoas diagnosticadas com a Covid-19 relatam sequelas permanentes, entidades que se dedicam a estudar a Doença de Alzheimer alertam líderes mundiais e governos sobre uma possível “explosão” no número de casos de demência no período pós-pandemia em todo o mundo.
A preocupação se torna ainda maior em países de renda baixa ou média rendas , como é o caso do Brasil, – onde a subnotificação de casos de demência alcança 90%.
Conforme relatório mundial, ao menos 41 milhões de pessoas em todo o mundo não recebem tratamento adequado para retardar o avanço da doença degenerativa.
Os efeitos da Covid-19 são apontados como complicadores do diagnóstico adequado.
Outro fator que torna a discussão ainda mais urgente é a tendência de envelhecimento populacional, que deverá reprogramar o perfil da população mundial nas próximas duas décadas.
O relatório “A Jornada do Diagnóstico da Demência” foi elaborado pela ADI, associação formada por mais de 100 entidades que se dedicam a conscientizar a população mundial sobre a importância do diagnóstico precoce.
Para a entidade, a Covid-19 representa um “Cavalo de Troia” para o diagnóstico da demência.
Nove em cada dez médicos identificaram atrasos adicionais de diagnóstico devido à Covid-19.