Exemplares de coletânea da Academia de Letras do Oeste do Paraná e livro de poesia de coautoria de Udilma Weirich estão disponíveis à leitura dos cidadãos
Solenidade realizada na tarde desta sexta-feira (12), na Biblioteca Municipal Martinho Lutero, em Marechal Cândido Rondon, culminou no repasse de exemplares da obra “Da Memória à História”, de autoria da ALOP (Academia de Letras do Oeste do Paraná), e do livro “Uma poesia para cada noite”, que tem como coautora a pesquisadora rondonense Udilma Lins Weirich.
As coletâneas estão disponíveis ao uso dos rondonenses, na biblioteca municipal e na Biblioteca Cidadã Alice Weirich. Também há exemplares na Unioeste. Ainda houve sorteio de algumas obras entre os presentes.
Alguns exemplares de obras escritas pelo presidente da Academia, José Garcia de Souza, também foram doados.
Recentemente, a obra “Uma Poesia Para Cada Noite”, formada por uma bem trabalhada relação de poemas que reúne autores de todo o Brasil, teve seu lançamento registrado na Bienal Internacional do Livro, em São Paulo. O poema “Noite Traiçoeira”, escrito pela rondonense, integra a coletânea de poesias.
Udilma é pioneira rondonense, pesquisadora e poeta. Membro fundadora da ALOP, ela ocupa a cadeira 28 na instituição.
Presenças
Estiveram presentes ao ato desta tarde, os secretários municipais de Educação, Fernando Volpato, e de Cultura, Júnior Paulinho Niszczak; presidente da ALOP, José Garcia de Souza; Udilma Weirich; representante da Unioeste.
Poesia de Udilma Weirich
Cingindo o céu com sua sombra tênue,
A noite cai com seu negro véu,
Toca lúgubre os corações sentidos
Dos que vagam nas ruas, sob o imenso céu.
Que mistérios há no seu encanto?
Por vezes apavora, enamora e acalanta,
Serve de cumplice, para sonho dos amantes,
É manto para dor, dos que desencanta.
Escurece aos poucos, e as estrelas brilham,
Bordando de luzes o imenso firmamento.
Com a brisa leve lembranças cintilam,
De um amor recente e aflora sentimentos.
Um som ecoa nas vielas escuras
Não sei se é dor, prazer ou ressonar profundo.
Sombrias silhuetas que na noite habitam
Daqueles que vivem, como entes noturnos.
Cúmplice funesta de vários segredos,
Seu silêncio é temor e solidão.
O chirriar da coruja acende o medo,
E acelera as batidas do coração.
Oh nebulosa negritude! que ronda
Devaneios de amor dos esquecidos
Salpica esperanças ao sono manso
Traz esperança aos corações doídos.
Fonte: Assessoria