Rádio Difusora do Paraná

Especialistas afirmam que mortes por covid-19 de pessoas vacinadas são raras

A morte do ator Tarcísio Meira ocorrida na semana passada, por complicações da covid-19, reacendeu o debate sobre a eficácia da vacinação para controlar a pandemia.

O episódio gerou nova onda de desinformação nas redes sociais, com falsas narrativas de que “não adianta tomar vacina”.

Especialistas foram taxativos na defesa da imunização em massa como a principal estratégia para que o país saia da crise sanitária.

Segundo eles, nenhuma vacina disponível no Brasil, a da Pfizer, a Janssen, AstraZeneca ou a CoronaVac asseguram 100% de proteção; as pessoas continuam precisando de cuidados, como uso de máscara e distanciamento social; mas a efetividade das vacinas é indiscutível pois basta ver que nos países com vacinação avançada, como Israel e Inglaterra, mesmo com aumento de casos por causa da variante Delta, o número de internações e mortes são proporcionalmente muito menores, resultado direto da imunização.

Um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) avaliou o efeito das vacinas contra o novo coronavírus na população brasileira e concluiu que 91,49% das pessoas que morreram pela infecção, entre maio e julho deste ano, não tinham tomado vacina ou não estavam totalmente vacinadas com as duas doses ou dose única.

A mesma pesquisa demonstrou que 84,9% das pessoas imunizadas que morreram no país tinham algum fator de risco para a covid-19 e 87,6% tinham 70 anos ou mais.

A incidência de agravamento de quadros em pessoas idosas, mesmo que vacinadas, tem uma explicação biológica.

A imunossenescência é o processo de envelhecimento e desregulação da função imunológica no organismos de idosos, o que contribui para o aumento da suscetibilidade a infecções por vírus e bactérias.