Rádio Difusora do Paraná

Estado alerta sobre os riscos de aumento dos casos de leptospirose

A Secretaria de Estado da Saúde alerta a população para o risco de aumento de casos de leptospirose em áreas litorâneas, urbanas e rurais devido ao período de chuvas.

 Nos últimos 4 anos foram registrados 1.866 casos 

A doença é causada pela bactéria leptospira, presente na urina principalmente de ratos, que com as chuvas se mistura à água de valetas, lama, lagoas, cavas e até mesmo nos locais com formação de enchentes.

Uma média dos últimos cinco anos aponta que 49% dos casos confirmados da doença ocorreram no primeiro trimestre, quando há maior ocorrência das chuvas.

De 2015 a 2019 foram confirmados 1.866 casos de leptospirose no Paraná.

A infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados – roedores, caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos, caprinos e, eventualmente, mamíferos silvestres.

A penetração da bactéria ocorre através da pele com pequenos ferimentos ou lesões, da pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através das mucosas.

A leptospirose pode ser adquirida tanto em áreas urbanas como nas áreas rurais, principalmente nas atividades relacionadas ao manejo e alimentação de animais de produção e na limpeza dos locais com maquinários e armazenamento de grãos/ração/silagem.

Após a infecção, o período de incubação da doença é, em média, de sete a 14 dias após o contato com a água contaminada.

A leptospirose só poderá ser confirmada com exames laboratoriais feitos pelo Laboratório Central do Estado uma semana após o início dos sintomas.

Embora 90% dos casos tenham evolução benigna, a doença pode levar à morte se não for tratada de modo correto e precocemente.

Os primeiros sintomas da leptospirose são febre alta, mal-estar, dores de cabeça constantes e intensas, dores pelo corpo, principalmente na panturrilha, cansaço e calafrios.

Dores abdominais, náuseas, vômitos, diarreia e desidratação também são frequentes.