Para isso garantir a contrapartida federal
A Secretaria Estadual de Saúde está negociando com o Ministério da Saúde o destino dos 1.481 leitos de UTI abertos no Paraná ao longo da pandemia.
O objetivo é manter essas vagas ativas mesmo com a queda no número de internações por Covid-19, realocando a estrutura para o tratamento de outras doenças nos hospitais.
Para isso, o estado vai precisar de contrapartida do governo federal dentro do Sistema Único de Saúde .
O Secretário Beto preto informa que nos próximos dias haverá uma nova reunião com o Ministério da Saúde para debater o legado dos leitos pós-Covid.
Até dezembro, o estado tem garantido o apoio do governo federal no custeio das UTIs abertas na pandemia e muitas dessas vagas, inclusive, já estão sendo destinadas para outras enfermidades justamente pela queda nos internamentos por coronavírus.
È justamente a manutenção deste custeio para 2022 que o Paraná e outros estados pedem ao Ministério da Saúde, mesmo com o cenário do fim da crise sanitária.
Com a abertura das 1.481 novas vagas na pandemia, os leitos intensivos no Paraná aumentaram de 2.063 em janeiro de 2020 para os atuais 3.544.
Para o diretor de Gestão em Saúde da Sesa, o médico Vinícius Filipak, responsável pelo gerenciamento de leitos no SUS estadual, seria mais do que bem-vinda a manutenção de toda essa estrutura.
“Não interessa termos esses equipamentos de UTI parados. Além de deixar de salvar vidas, eles deterioram se não forem utilizados”, argumenta o médico.
A questão agora é se o orçamento do Ministério da Saúde vai conseguir manter o aporte para manter as vagas extras de tratamento intensivo, pois o custo é alto.
Até o início de 2020, o custo do sistema hospitalar público no Paraná era de cerca de 130 milhões de reais por mês.
Só a Covid-19 sobrecarregou esse montante em mais 50 milhões mensais, totalizando em 180 milhões a manutenção dos leitos de UTI e enfermaria de coronavírus e todas as outras doenças juntas.