O Instituto Água e Terra suspendeu por 30 dias a prática de queima controlada como método para a despalha de cana-de-açúcar no Paraná.
A medida quer prevenir acidentes rodoviários
A medida visa a defesa da qualidade do ar e da vida e o combate a todas as formas de poluição, inclusive a atmosférica.
O documento levou em consideração uma soma de fatores, como a estiagem que o Estado vive atualmente, problemas respiratórios que podem ser causados pelas queimadas com o clima seco, e a baixa visibilidade nas estradas que é provocada pela fumaça.
“Problemas respiratórios podem ser graves neste momento de pandemia do coronavírus”, disse a gerente de Licenciamento Ambiental do IAT, Ivonete Chaves.
Ela acrescentou que outro problema é que as queimadas podem acarretar em grande intensidade de neblina nas estradas, especialmente à noite, podendo causar acidentes graves.
O Norte Pioneiro e o Norte do Estado são regiões com bastante neblina e as queimadas normalmente são feitas em áreas próximas às estradas e isso prejudica em muito a visibilidade.
O Paraná tem cerca de 600 mil hectares de produção de cana-de-açúcar, a maioria à beira de estradas, e 21 usinas em atividade.
Por sua vez, o diretor-presidente do Instituto Água e Terra, Everton Luiz da Costa Souza, menciona que a queimada da cana-de-açúcar aumenta significativamente a concentração de material particulado no ar, conhecido como fuligem, inclusive perceptível visualmente, podendo impactar na saúde do ser humano e nas condições de tráfego de rodovias.