Em mais um dia de altas para a soja, nessa quarta-feira, a bolsa em Chicago fechou com os contratos para novembro de 2020 e janeiro de 2021 no patamar de US$ 10,70.
O dia positivo demonstra folego positivista, já que o mercado segue preocupado com a instabilidade climática na América do Sul, fator que está atrasando o plantio na região.
Na Argentina, a estiagem fez com que a safra de grãos sofresse perdas no trigo e o país também sofre para avançar no plantio da nova safra.
Segundo analistas de mercado, se o clima não colaborar, os patamares de preços para a soja podem chegar aos US$ 11.
O único limitante para esse avanço é uma melhora das chuvas na América do Sul, que por enquanto estão ocorrendo irregularmente em algumas regiões produtoras do Brasil.
A projeção da exportação da safra de soja americana se aproxima de 60 milhões de toneladas, recorde histórico para o país.
Os EUA ainda possuem de 10 a 12 milhões de toneladas para negociar nos próximos 10 meses e as vendas adiantadas deixam pouca margem de estoques finais.
Dessa forma, a dependência da safra Sul-Americana cresce exponencialmente e uma possível quebra traria o risco de escassez.
As primeiras exportações de soja e milho dos EUA para o Brasil já aconteceram, mas o montante até a próxima safra não deve ser expressivo.
A produção de soja do sul do Brasil, mais a soja do Paraguai, da Argentina e do Uruguai possuem um potencial de produtividade em 100 milhões de toneladas.
No entanto, essas localizações serão as mais afetadas pelo La Niña, o que é de fato o maior alerta para o mercado no avanço da próxima safra.