Estudo inédito projeta data do pico da pandemia de Covid-19 no Paraná

Inicialmente era maio, agora é 21 de agosto

As previsões sobre o pico da Covid-19 no Paraná vão se atualizando ao passar das semanas e dependendo do método de projeção.

Logo no início da pandemia no estado, ainda em março, o governo projetava ao todo 10 mil casos da doença com uma hipótese de explosão até 30 mil.

Os 10 mil casos foram ultrapassados exatamente ontem, conforme boletim que confirmou mais 841 casos, um novo recorde.

À época da projeção, mesmo com o novo coronavírus sob controle, a Secretaria de Estado da Saúde previa o pico da doença para este presente momento, na passagem do outono para inverno, com a queda na curva entre julho e agosto.

O secretário da pasta Beto Preto chegou a apontar para um período específico, entre 15 e 20 de maio.

Entretanto, no início deste mês , com a maior circulação de pessoas nas ruas, o estado registrou recorde de novos casos e mortes pela Covid-19 e a Sesa já evita projetar o exato pico da doença.

Agora, um estudo inédito desenvolvido por cientistas de dados da Funcional Health Tech , plataforma independente de dados do setor de saúde, prevê que o pico da contaminação de Covid-19 no Paraná será em agosto, mais precisamente no dia 21.

Conforme o gerente de ciência de dados da empresa, Paulo Salem, a conclusão é resultado do modelo matemático de epidemiologia SEIR (Suscetível, Exposto, Infeccioso, Recuperado), que tenta decifrar a dinâmica de transmissão da doença na população através da relação de quatro estados dos indivíduos e supõe que as pessoas já infectadas são imunizadas e, portanto, não são suscetíveis a nova infecção.

Segundo ele, são considerados dados sobre novos casos, mortes e curados por dia, além da quantidade total da população.

Ele alerta que a previsão está diretamente ligada à qualidade dos dados, questões de substantificação e à mudança no comportamento da apuração e divulgação dos dados.