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Exame grafotécnico confirma autoria de bárbaro crime em Cascavelense

O exame grafotécnico do Instituto de Criminalística do Paraná concluiu que o conteúdo manuscrito através de uma carta localizada em um caderno na quitinete onde mãe e filha foram localizadas mortas, na data de 11 de setembro, em Cascavel, pertence ao acusado do crime, um jovem de 25 anos.

O rapaz é apontado como o autor do duplo homicídio que vitimou Silvia Caroline França, de 25 anos, e a filha, Ana Lis França, de 09 meses.

Conforme o laudo do exame grafotécnico, a perícia foi requisitada por finalidade de comprovar a autoria da carta e, após as análises dos padrões gráficos colhidos e encaminhados, o perito verificou as convergências gráficas que atribuem a autoria dos manuscritos ao acusado, conforme os padrões cedidos disponibilizados pelas autoridades policiais.

“As semelhanças observadas entre os espécimes comparados afetam principalmente as características de ordem grafocinética, definitivas na identificação do punho escrito, quando observados os movimentos mais detalhados na execução dos caracteres”, diz um trecho do laudo.

Em outro trecho do documento, consta que as “qualidades gerais do grafismo, tais como andamento gráfico, alinhamento da escrita, calibre e relações de proporcionalidade entre os caracteres” comprovaram que as características são equivalentes.

Silvia foi encontrada caída no banheiro da quitinete, aos fundos de um restaurante: ela tinha vários cortes perfurantes no corpo.

O vaso sanitário estava quebrado e com marcas de sangue, além de uma faca de cortar carne também ter sido encontrada ao lado do corpo da vítima.

A bebê, que não era filha do acusado do crime, estava morta no quarto dentro do berço.

Como laudos do IML não encontraram marcas de ferimentos na menina, tudo que foi coletado seria encaminhado para análise em Curitiba para confirmação das causas da morte da criança.

No dia 30 de setembro, o Ministério Público do Paraná ofereceu denúncia contra o acusado do duplo homicídio.

Segundos os autos, o crime aconteceu dentro do banheiro, dificultado a defesa da vítima, além de ser praticado por motivo fútil, decorrente de uma discussão banal e foi praticado por meio cruel utilizando-se de um vaso sanitário contra Silvia e envenenamento por medicamentos da Ana Lis.