FAEP discute dejetos de animais para a produção de energia

Diversificação produtiva facilita a autossuficiência em eletricidade.

 

A destinação de dejetos de animais para a geração de energia elétrica nas propriedades rurais foi o tema principal da reunião da Comissão Técnica de Meio Ambiente do Sistema FAEP/SENAR-PR, nesta segunda-feira.

As tecnologias envolvidas nesse processo, as normas ambientais que devem ser seguidas pelos produtores e um espaço para os participantes tirarem dúvidas e darem sugestões também integraram a programação.

Há investimentos altos sendo feitos no Estado, e a questão ambiental é um aspecto crucial para a liberação de novos empreendimentos.

O Paraná já é uma referência na produção de alimentos dentro de parâmetros sustentáveis.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente, José Carlos Colombari, reforçou a importância de se investir em sustentabilidade, de modo a aumentar a produtividade e a eficiência das atividades rurais.

Hoje há diversificação produtiva, incluindo agricultura, bovinocultura de corte, suinocultura e avicultura, e com os dejetos e o biodigestor conquista-se a autossuficiência em eletricidade.

José Dilcio Rocha, engenheiro químico pesquisador da Embrapa Territorial, em Campinas, ministrou a palestra “Uso de dejetos animais: problemas, soluções e perspectivas com foco ambiental”.

Ele fez um apanhado geral sobre um estudo de caso realizado no Oeste de Santa Catarina, usando  imagens de satélite para definir o potencial para produção de energia com o uso de dejetos, instalação de painéis fotovoltaivos e coleta de água da chuva.

Questões como o Programa Renova PR, o inventivo ao uso sustentável de biogás e biometano, a biodigestão na suinocultura e o uso de sistemas de inteligência artificial também foram tratados pelo palestrante.

Representantes do Instituto Água e Terra, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, participaram da reunião para esclarecer dúvidas a respeito de legislações e licenças ambientais.

A diretora de licenciamento e outorga, Ivonete Coelho da Silva Chaves, e a engenheira agrônoma Rossana Baldanzani, ambas do IAT, falaram sobre instruções normativas, resoluções e legislações que regulamentam o uso de dejetos de diferentes animais nas mais variadas atividades.