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Falta de inseticida para combater a dengue preocupa Micheletto

O desabastecimento momentâneo do inseticida Malathion utilizado para eliminar a fase adulta do mosquito, por meio da nebulização com equipamento acoplado a veículo, o famoso “carro fumacê”, tem sido motivo de preocupação por parte do deputado estadua Marcel Micheletto (PL). “A falta de estoque do insumo em todo o país esta gerando prejuízos no combate ao vetor, principalmente em municípios afetados por epidemia de dengue, como é o caso do município de Assis Chateaubriand e dos municípios pertencentes a 20ª Regional de Saúde em Toledo”, afirma Micheletto.

O parlamentar tem cobrado constantemente ações da Secretaria de Saúde do Estado para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zyka. Na manhã desta quarta-feira, 22, o parlamentar voltou solicitar a Regional de Saúde em Toledo o envio imediato do carro fumacê ao município de Assis Chateaubriand.

O assunto, por diversas oportunidades já havia sido tratado pessoalmente com o chefe da Regional de Saúde, Alberi Locatelli. “A situação é grave, pois 195 municípios paranaenses estão em situação de epidemia, portanto, o combate ao mosquito deve ser uma ação constante e não podemos baixar a guarda”, afirmou Micheletto.

De acordo com o útimo boletim, dos 18 municípios pertencentes a 20ª Regional de Saúde, 15 cidades estão em situação de epidemia, portanto a estratégia do fumacê é necessária para que não haja mais mortes. “Diante deste quadro e considerando que a nebulização é considerada como um recurso extremo, pois é utilizada num momento de alta transmissão, essa ação se faz necessária”, complementou.

O fumacê é um carro que pulveriza um inseticida e mata os insetos adultos enquanto estão voando. Mas o mosquito Aedes Aegypti tem hábitos específicos e voa nos períodos do amanhecer e entardecer. Para que a aplicação seja eficaz e cumpra o seu objetivo, a aplicação do inseticida deve ocorrer nos horários entre 4h30 e 7 horas e das 17 às 21 horas.

Micheletto lembra ainda o alerta dos especialistas que afirmam que a “ação do inseticida é localizada e mata somente mosquitos que estiverem voando no momento em que o veneno é usado. Seu efeito dura pouco. Depois disso não mata mais nenhum mosquito que por acaso vá sobrevoar o local. Por isso, a maneira mais eficaz de combater o avanço dos mosquitos é acabar com os criadouros.

“O inseticida serve para bloquear epidemias e o que mais uma vez necessitamos da colaboração da população, verificando o seu quintal e as proximidades de sua residência. Verificar se há recipientes abertos que possam armazenar água, recolher os entulhos, mantendo caixas ou barris de água fechados com tampa adequada, guardando garrafas sempre de cabeça para baixo e enchendo de areia até a borda os pratos dos vasos de plantas. Por fim, a meu ver, a população tem uma participação fundamental, porque, se cada um cuidar de seu quintal, resolvemos grande parte dos focos”, declarou.